Paraná suspende por 30 dias queimada de cana-de-açúcar

07/08/2020
O Instituto Água e Terra, IAT, publicou medida nesta quinta-feira que suspende por 30 dias a prática de queima controlada como método para a despalha de cana-de-açúcar no Estado do Paraná. A ação visa a defesa da qualidade do ar e a redução da poluição, e leva em conta uma série de fatores. Entre eles, estão a grave estiagem que o Paraná enfrenta atualmente, o clima seco, os problemas respiratórios agravados pelas queimadas e também a baixa visibilidade provocada pela fumaça. O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. Segundo o diretor-presidente do IAT, Everton Luiz da Costa Souza, a concentração de fuligem no ar, mesmo que invisível aos olhos, aumenta significativamente com a ação das queimadas. A gerente de Licenciamento Ambiental do IAT, Ivonete Chaves, reforçou que os problemas causados pela queima da cana se tornam mais graves com o momento de grande seca. O Norte e o Norte Pioneiro do Estado são regiões com bastante neblina e as queimadas normalmente são feitas em áreas próximas às estradas. O Paraná tem cerca de 600 mil hectares de produção de cana-de-açúcar, a maioria à beira de estradas, e 21 usinas em atividade. Um Decreto Estadual de 2014 determina que as indústrias e produtores de cana-de-açúcar têm até o ano de 2025 para deixar de queimar o produto e fazer a colheita de forma mecanizada. (Repórter: Rodrigo Arend)