Paraná se destaca na estratégia de testagem do coronavírus

06/01/2021
Desde o início do enfrentamento da Covid-19 o Paraná se destaca entre os estados que mais realizaram testes RT-PCR considerados padrão ouro, ocupando as primeiras posições no ranking das unidades federativas com maior resultado de testagem da população.

Em novembro de 2020 o Estado ultrapassou a marca de 1 milhão de testes para detectar o novo coronavírus e fechou o ano com 1 milhão e 400 mil testes realizados, até esta terça-feira foram 1 milhão 439 mil e 204 testes.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, disse que foi adotado, por meio do Laboratório Central do Estado, a testagem como uma das principais estratégias de enfrentamento ao coronavírus. Foi uma linha definida pelo Governo do Estado, pois considera que o teste RT-PCR garante o diagnóstico correto e o isolamento dos casos positivos. De acordo com ele, os investimentos na ampliação da testagem continuam. //SONORA BETO PRETO//

Em fevereiro, quando foram detectados os primeiros casos suspeitos no Paraná, o Lacen, Laboratório Central do Estado realizava testes preliminares, enviando as amostras à Fiocruz para finalização dos laudos. Em março, já processava 600 exames por dia, com um aumento de 400% em relação ao início da pandemia. No início de abril o quadro de profissionais foi ampliado em 20% com o objetivo de ampliar a capacidade.

A partir deste segundo mês da pandemia o Governo do Estado fez parceira com o IBMP, o Instituto de Biologia Molecular e com outros laboratórios particulares e ligados a universidades, todos devidamente habilitados. Hoje, o Lacen e o IBMP têm, juntos, capacidade de processamento 10 mil e 600 análises por dia.

Além da testagem, o Paraná adotou outras estratégias de controle, como o rastreamento de contatos e detecção de locais com surtos ativos.

Do início da pandemia até a última semana de dezembro, o Estado recebeu 57 mil 132 notificações para surtos, das quais 20 mil 428 foram confirmadas. Os surtos ocorreram em frigoríficos, serviços de saúde, instituições de longa permanência de idosos, unidades prisionais e penitenciárias, indústrias, canteiros de obras e, também, após encontros sociais e familiares, como almoços, festas de aniversário e casamentos.

Os registros contabilizavam até o fim do ano passado 233 óbitos decorrentes destas situações de surtos.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr, afirmou que o Estado promoveu a orientação e a capacitação dos profissionais que atuam no cuidado de pessoas idosas, nas instituições de saúde, presídios, empresas e em comunidades como as aldeias indígenas para uma atenção redobrada aos surtos, com implantação de medidas preventivas e de controle imediato. A estratégia possibilitou a contenção de inúmeros casos e, assim, evitar a perda de mais vidas.

Outra medida apontada pela secretaria estadual da Saúde como fundamental no controle da Covid-19 foi o rastreamento de contatos de casos confirmados. O processo permite a identificação e o isolamento das pessoas que podem ter sido expostas a um caso confirmado ou suspeito.

Acácia disse que esta é uma ação importante para quebrar a cadeia de transmissão e conter o surto da doença. Neste período, o Estado registrou cerca de 120 mil contatos e conseguiu encerrar 102 mil 973 monitoramentos. A estratégia detectou 1.040 casos. (Repórter: Flávio Rehme)