Paraná implanta “Dose Zero” do sarampo em crianças para prevenir reintrodução da doença

03/06/2025
A partir desta semana, o Paraná passa a aplicar a Dose Zero da vacina contra o sarampo em crianças de seis meses a menos de um ano. A medida busca reforçar a proteção contra a doença. O trabalho começa com 28 mil e 600 doses da vacina dupla viral, que protege contra sarampo e rubéola. Ela é indicada para crianças de seis meses até oito meses e 29 dias. A partir de nove meses até completar um ano, vale a tríplice viral, que também combate a caxumba. A estratégia é recomendação do Ministério da Saúde e vale para todos os 399 municípios do Paraná. O estado tem boa cobertura vacinal. Em 2024, a primeira dose da tríplice chegou a mais de 100% e a segunda dose a quase 90%. Este ano, a primeira dose está em 99% e a segunda em 80%. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destaca a importância da vacinação. // SONORA BETO PRETO //

A ampliação da vacinação contra o sarampo é uma medida para evitar que o vírus volte a circular no Brasil. O alerta veio após casos confirmados em países vizinhos, como a Argentina. No Brasil, o último registro foi em junho de 2022. No Paraná, desde junho de 2020 não há novos casos. A Dose Zero não substitui as vacinas do calendário normal. A criança deve tomar a tríplice viral aos 12 e 15 meses. Em casos de contato com alguém suspeito ou confirmado, a Dose Zero deve ser aplicada em até 72 horas. A Secretaria de Saúde também pede que os municípios atualizem a vacinação de quem tem entre 12 meses e 59 anos. Quem tem de cinco a 29 anos precisa de duas doses se não estiver com a vacina em dia. De 30 a 59 anos, uma dose. Profissionais de saúde precisam ter duas doses, não importa a idade. Todos os municípios têm doses disponíveis. A orientação para os profissionais da saúde é identificar rapidamente os casos suspeitos, fazer a coleta de exames e notificar imediatamente às autoridades de saúde. Os principais sintomas do sarampo são febre alta, manchas vermelhas no rosto e pelo corpo, tosse, coriza e conjuntivite. Também podem aparecer dor de cabeça, mal-estar e diarreia. Não existe tratamento específico. Quem estiver com suspeita precisa ficar em isolamento por cinco dias depois do surgimento das manchas. (Repórter: Gabriel Ramos)