Paraná exporta 240% mais pescados e receita cresce 468% no primeiro trimestre

05/05/2022
O Paraná apresentou crescimento de 240% no volume de pescados exportados no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2021, e elevou em 468% as receitas que vieram desse setor. Este é um dos assuntos analisados pelo Departamento de Economia Rural, Deral, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 29 de abril a 5 de maio. O analista de piscicultura do Deral, Edmar Gervásio, destaca o registro do Agrostat, sistema do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que oferece visão detalhada de exportações e importações do agronegócio brasileiro.// SONORA EDMAR GERVÁSIO.//

Edmar também ressalta que a piscicultura têm crescido no Estado.// SONORA EDMAR GERVÁSIO.//

O Paraná desponta como o principal produtor de peixes de cultivo no Brasil. No último levantamento do Anuário PeixeBR, referente a 2021, o Estado alcançou a marca de 188 mil toneladas, das quais 182 mil de tilápias. O documento elaborado pelos técnicos do Deral apresenta também um panorama sobre a pressão dos custos de insumos para a produção da carne suína, particularmente em razão do preço do milho. A análise mostra que os menos de 20% de produtores independentes, ou seja, aqueles não integrados a uma indústria ou cooperativa, sentiram mais o impacto. Para os produtores de leite do Estado, o pagamento pelo litro teve alta de 22,5% em abril, comparativamente ao mesmo mês de 2021. No entanto, dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada mostram que o custo efetivo total da pecuária leiteira no Brasil subiu, em média, 14% nos últimos 12 meses. As chuvas regulares em todas as regiões do Paraná facilitam o trabalho de colheita da mandioca. Além disso, segundo produtores, as temperaturas mais baixas nos últimos dias tendem a elevar o teor de amido, o que garante melhor preço. A previsão é de colher mais de dois milhões e 800 mil toneladas na safra 2021/2022. No entanto, as chuvas preocupam os produtores de feijão. A colheita começou na semana passada e atingiu 7% da área de 301 mil 287 hectares. A estimativa é que a maioria das 605 mil toneladas projetadas para o Estado seja colhida ainda neste mês. Com a colheita da safra de soja 2021/2022 encerrada e produção abaixo do esperado, o mercado está se preparando para comercializar os 50% das quase 12 milhões de toneladas que ainda não foram vendidas. Nas duas últimas safras, neste mesmo período, as vendas já superavam 70%, e com volumes maiores de produção. Quem tem onde estocar aguarda preços ainda melhores. No milho, o registro é para a piora nas condições de lavoura apontada no relatório semanal de plantio e colheita. Em parte, isso se deve aos temporais do final de abril nas regiões Oeste e Sudoeste. O plantio do trigo, que já ocupa 13% da área, evolui bem no Estado e segue dentro do calendário agrícola, aproveitando as condições de campo favoráveis. A citricultura também é tema de análise no Boletim. Principal atividade frutífera do Paraná, tem predominância da laranja na região de Paranavaí, de tangerinas em Cerro Azul e de limões no polo de Altônia. O documento registra, ainda, a colheita de 30% da área de tomate na segunda safra. A expectativa é produzir 95 mil toneladas no ciclo. A região de Ponta Grossa é o principal polo da cultura, que tem liderança no município de Reserva, responsável por 13% da produção estadual. Mais detalhes acesse o site agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)