Paraná é o 3º Estado que mais teve investigações criminais com auxílio dos bancos de perfis genéticos

03/08/2021
A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos auxiliou em 117 investigações criminais no Estado do Paraná, segundo o relatório semestral do Ministério da Justiça e Segurança Pública, publicado no mês de junho deste ano. O Estado do Paraná é o terceiro com a maior quantidade de investigações auxiliadas pela Rede, que representa apenas 4,18% de todo o banco de perfil nesta modalidade, ficando atrás dos laboratórios de São Paulo e Goiás, e da Polícia Federal. O resultado representa um crescimento de mais de 3%, no comparativo com o último relatório, divulgado em dezembro de 2020.
Com o objetivo de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos para ajudar na apuração criminal e no processo de investigação em todo o Brasil, a Rede Integrada foi criada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em 2013 e a partir de 2014 começou a emitir relatórios semestrais referente aos dados do banco integrado.
Desde a criação, o banco de perfis da Rede já computa mais de 110 mil amostras divididas em diversas categorias, sendo que as principais são a de vestígios de locais de crimes, de referências de pessoas desaparecidas, de restos mortais não identificados e de condenados.
Segundo o coordenador do laboratório de DNA da Polícia Científica do Paraná, perito Marcelo Malaghini, foram várias vertentes que ajudaram nas investigações criminais com o auxilio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos. Uma delas é o banco de perfis genéticos  composto pelos perfis das pessoas que estão presas. Esta ação de coleta tem ajudado no aumento da inserção de perfis de indivíduos cadastrados criminalmente, o que aumenta na efetividade dos bancos de perfis genéticos como ferramenta para o auxílio de investigações. //SONORA MARCELO MALAGHINI//

O material genético é colhido pela saliva, em método indolor, por meio de um dispositivo que se assemelha a uma esponja, permitindo que o DNA fique viável para análise por até 20 anos armazenado em temperatura ambiente.
As informações contidas nessa coleta são processadas no laboratório da Polícia Científica do Paraná, passando por um robô e máquinas até serem incluídas no Banco de Perfis Genéticos do Estado.
Até a divulgação do último relatório, que computou os dados até maio de 2021, a Rede Integrada de  Banco de Perfis Genéticos contava com um pouco mais de 110 mil perfis cadastrados, sendo que 5.582 deles foram mapeados pela Polícia Científica do Paraná desde a criação do banco paranaense em 2013. Com isso, o Estado está posicionado como o sétimo do País com a maior contribuição absoluta de perfis genéticos no Banco Nacional.
De acordo com o perito Marcelo Malaghini, a participação da Polícia Científica do Paraná na colaboração dos perfis genéticos ao banco nacional é considerado como destaque dentre os laboratórios credenciados à rede integrada, que coloca o Estado dentre os principais que realizam esta atividade, e ainda prevê até o final do mês de agosto uma quantidade maior de perfis no banco. //SONORA MARCELO MALAGHINI//

No mês de junho foi realizada a campanha de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, idealizada pelo Ministério de Justiça e Segurança Publica. Foram coletadas amostras biológicas de familiares para exame de DNA e incluídas na Rede Integrada  Banco de Perfil Genético.
O trabalho englobou todas as polícias científicas do Brasil, tornando mais fácil encontrar o paradeiro das pessoas desaparecidas em qualquer lugar do país.
Já em julho a Secretaria estadual da Segurança Pública, por meio da Polícia Científica do Paraná, iniciou a coleta de material genético de aproximadamente 2 mil e 500 presos nas unidades prisionais das regionais de Londrina, Maringá e Cruzeiro do Oeste. A medida visa atender à legislação vigente, desde 2018, determinando que indivíduos condenados por crimes específicos devem, obrigatoriamente, ter o perfil genético coletado para identificação criminal. (Repórter: Flávio Rehme)