Paraná é destaque nacional no número de investigações a partir de seu banco de perfis genéticos

23/02/2022
Os cadastros feitos pela Polícia Científica do Paraná na Rede Nacional de Bancos de Perfis Genéticos contribuíram em 114 investigações em 2021. O número supera o acumulado de seis anos, entre novembro de 2014 e novembro de 2020, quando foram contabilizadas 113 investigações auxiliadas por amostras do Estado. Pelo terceiro ano consecutivo o Paraná é destaque e vem inserindo mais de mil perfis genéticos na Rede ao longo de 12 meses, dados que são compartilhados com os 22 laboratórios forenses vinculados à Rede Nacional. Com este desempenho, o Estado passa a se posicionar como o terceiro do País que mais contribuiu com as investigações, ficando atrás somente de São Paulo e Goiás. Desde o início da Rede, em 2013, até o último relatório do Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgado em novembro de 2021, três mil 427 investigações criminais no Brasil foram auxiliadas por meio das amostras cadastradas na Rede. Destas, 227 contaram com auxílio de perfis mapeados pela Polícia Científica do Paraná, cerca de 6,62% das investigações. A perita da Polícia Científica do Paraná, Luciellen Kobachuk, ressalta que uma das ferramentas que ajudaram no crescimento das investigações auxiliadas pelo banco no último ano foi o projeto Backlog de Vestígios de Crimes Sexuais, proposto e elaborado entre 2018 e 2019 pelo Comitê Gestor da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos, da Secretaria Nacional da Segurança Pública. O objetivo é que os estados ofereçam uma proposta de quantos vestígios de violência sexual podem processar e analisar no período de um ano e, em contrapartida, o governo federal disponibiliza capacitação, equipamentos e insumos. Em 2021, o Laboratório de Genética Molecular Forense da Polícia Científica do Paraná fez o processamento completo dos dois mil vestígios a que se propôs. Depois, a secretaria estadual da Segurança Pública criou uma força-tarefa envolvendo a Polícia Científica e a Agência Central de Inteligência da Polícia Civil para dar prosseguimento às investigações de forma coordenada. De maio a novembro de 2021, a Rede Nacional teve acréscimo de mais 18 mil perfis genéticos de natureza criminal, contabilizando todos os laboratórios participantes do país. No período de novembro de 2020 a novembro de 2021 foram 32 mil 990 perfis adicionados em âmbito nacional, aumento de 46,40%. Dos mais de 136 mil perfis genéticos cadastrados na Rede, 125 mil estão relacionados à esfera criminal. Conforme as diretrizes do relatório, os indivíduos cadastrados criminalmente englobam as categorias de vestígios de crime, condenados, identificados criminalmente, restos mortais identificados e decisão judicial. (Repórter: Felippe Salles)