Paraná e Mato Grosso do Sul alinham detalhes da Nova Ferroeste
08/02/2021
Equipes técnicas envolvidas na implantação da Nova Ferroeste, novo traçado ferroviário que ligará Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, estão reunidas nesta semana no Paraná para acompanhar e alinhar as questões envolvidas no projeto. Nesta segunda-feira, as empresas responsáveis pela elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica e do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental apresentaram os resultados prévios das análises aos governos do Paraná e do Mato Grosso do Sul. O encontro aconteceu no Palácio Iguaçu, em Curitiba, e contou com a participação do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Também reuniu o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck; o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves; o coordenador do Plano Estadual Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes; e representantes do Programa de Parcerias de Investimentos, do Ministério da Economia. Nesta terça-feira dia 9 e quarta-feira dia 10, o grupo irá a Paranaguá, no Litoral, para conhecer os trechos por onde cruzará o novo traçado. A previsão é levar o projeto a leilão ainda neste ano na Bolsa de Valores, B3. De acordo com o estudo prévio, serão implantados 1.285 quilômetros de trilhos, incluindo também um ramal ferroviário entre Foz do Iguaçu e Cascavel, e nove terminais de carga entre os dois estados. Para Ratinho Junior, todo esse planejamento é essencial para que o projeto chegue redondo à Bolsa de Valores//SONORA RATINHO JÚNIOR//. O diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves, destacou o forte alinhamento entre os governos do Paraná e do Mato Grosso do Sul para tirar o projeto do papel//SONORA ANDRÉ GONÇALVES// Para o secretário Jaime Verruck, o agronegócio sul-mato-grossense terá um ganho logístico, facilitando o escoamento pelo Porto de Paranaguá//SONORA JAIME VERRUCK//. O projeto da Nova Ferroeste tem importância estratégica para o País e foi classificado como prioritário no Programa de Parcerias de Investimentos, do governo federal, o único projeto de ferrovia atualmente em andamento. A inclusão garante celeridade na articulação com as entidades intervenientes, aquelas que acabam envolvidas nos processos de licenciamento, como o Ibama, a Funai, o ICMBio e Incra. Os estudos levam em conta todas essas variantes, e estão sendo elaborados para ter o menor impacto possível em comunidades indígenas, quilombolas, assentamentos e unidades de preservação. Outra preocupação é com as áreas urbanas, evitando trechos que cruzem as cidades. Em Curitiba, por exemplo, os trilhos serão todos desviados, sem a passagem de trens por cruzamentos que podem gerar acidentes. A ferrovia aproveita o traçado atual da Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava, e moderniza a descida da Serra do Mar, cujo trecho usado atualmente foi construído ainda no século XIX. A previsão é movimentar, já no primeiro ano de funcionamento, até 40 milhões de toneladas por ano no chamado Corredor Oeste de Exportação, que vai até o porto, além de mais de 10 milhões de toneladas anuais nos terminais de Maracaju e Cascavel. Os terminais de carga estão previstos para serem instalados em Maracaju e Amambaí, no Mato Grosso do Sul e, no Paraná, em Guaíra, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Balsa Nova, Curitiba e no Porto de Paranaguá. São locais de grande zona de tráfego e de integração com outros modais logísticos, principalmente as rodovias. (Repórter Rudi Bagatini).