Paraná deve produzir 40,6 milhões de toneladas de grãos

30/04/2021
O Paraná poderá produzir 40 milhões e 600 mil toneladas de grãos, em uma área de 10 milhões e 400 mil hectares, na safra 2020/2021. As informações são do relatório mensal divulgado nesta quinta-feira pelo Deral, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. A reavaliação nos índices deste mês, que mostram um desempenho total menor do que o registrado no início do ciclo, quando esperava-se um volume de 42 milhões de toneladas, se deve especialmente à revisão nos números relativos à cultura do milho. A estimativa de produção para a segunda safra do grão indica um volume de 12 milhões e 200 mil toneladas, o que representa uma queda de dois milhões e 300 mil toneladas em relação ao esperado no início da safra 2020/2021. Fatores como a estiagem e o atraso no plantio ajudam a explicar a redução. O chefe do Deral, Salatiel Turra, explicou que outras culturas também foram afetadas pela estiagem prolongada que o Paraná enfrenta desde o ano passado. A estimativa inicial para a produção de soja, por exemplo, que era de 20 milhões e 600 mil toneladas, registrou uma queda de aproximadamente 800 mil toneladas.// SONORA SALATIEL TURRA.//

A estiagem, aliada ao frio dos últimos dias, também refletiu negativamente nos índices de produção do feijão da segunda safra. Se o relatório do mês passado indicava a produção de 491 mil toneladas, agora espera-se um volume de 394 mil, redução de aproximadamente 25%. No início do ciclo, o Deral estimava a produção de 14 milhões e 500 mil toneladas na segunda safra de milho. No entanto, a safra foi afetada por fatores como o atraso no plantio e na colheita da soja, e consequentemente atraso no plantio do milho, além da seca, causada pelo prolongamento do fenômeno La Niña. Agora, a previsão é de que sejam colhidas 12 milhões e 200 mil toneladas, redução de 16% comparativamente ao esperado no início. Apesar disso, o volume previsto é 3% maior do que o da safra 19/20. A área está estimada em dois milhões e 500 mil hectares, 8% superior à do ano passado. A preocupação neste momento é suprir o consumo interno, já que o Paraná demanda alta quantidade de milho para a cadeia de proteína animal. A redução da disponibilidade interna abre espaço para importação do produto. Salatiel Turra explicou que essa relação reflete nos preços.// SONORA SALATIEL TURRA.//


Os dados do Deral mostram uma possível redução de 25% na estimativa de produção do feijão comparativamente ao relatório de março, totalizando 97 mil toneladas a menos, redução de seis sacas por hectare no rendimento. A estimativa atual aponta para 394 mil toneladas, impactada pela estiagem e pelo frio. O plantio já está concluído e, até o momento, o Paraná tem 7 mil hectares colhidos, o que representa 3% da área estimada em cerca de 252 mil hectares. Os preços pagos ao produtor no primeiro quadrimestre de 2021, de maneira geral, cobrem os investimentos. Nesta semana, a saca de 60 kg de feijão-cores foi comercializada, em média, por 258 reais e 75 centavos, e o feijão-preto por 249 reais. As estimativas para soja também tiveram uma revisão. No início da safra, a expectativa era de que o Paraná produzisse 20 milhões e 600 mil toneladas. Porém, agora estima-se quase 800 mil toneladas a menos, devendo atingir um volume de 19 milhões e 800 mil toneladas. Na comparação com abril do ano passado, houve um aumento de 86% nos valores pagos ao produtor. Na média do mês de abril, os produtores receberam 159 reais e 58 centavos pela saca de 60 kg de soja. Já a média do mesmo período do ano passado era de 85 reais e 86 centavos. Até agora, 66% da área está comercializada, contra aproximadamente 74% no mesmo período de 2020. A comercialização mais lenta também é resultado do atraso na colheita. O boletim divulgado pelo Deral aponta ainda os rendimentos da soja de segunda safra, trigo, arroz e mandioca, e os detalhes podem ser conferidos em xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Wyllian Soppa)