Paraná Mais Orgânico e UEL certificam área em Londrina
20/05/2021
O programa Paraná Mais Orgânico, do Governo do Estado, tem o objetivo de certificar pequenos e médios produtores rurais de orgânicos de todo o Estado para estabelecer controle de qualidade e, também, auxiliar em uma produção mais capacitada e ecologicamente correta. Um passo importante rumo à agroecologia e à produção sustentável. O lote dos proprietários Jovana Aparecida Cestile e Davi José da Costa, do assentamento Eli Vive em Londrina, que recebeu a visita de inspeção de conformidade orgânica dos técnicos do programa Paraná Mais Orgânico. Eles estão há um passo da certificação. O lote de aproximadamente oito hectares, tem uma produção bastante diversificada. Ao longo do período, o trabalho envolveu atendimento dos técnicos para a conscientização com os produtores e mudanças na preparação do terreno. O casal entrou em contato com o Programa em 2016 e, desde então, vem estreitando relações com a equipe. Segundo Eliezer Ferreira Camargo, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Economia Regional, do Centro de Estudos Sociais Aplicados da UEL, o trabalho com os agricultores durou aproximadamente um ano. Como de costume, a equipe realizou atendimento de conscientização com os produtores. Em seguida, começou a indicar as medidas que seriam importantes para a preparação do terreno. Devido às questões estruturais de um assentamento, implantar a agricultura orgânica mostra-se como um grande desafio. O coordenador do programa Paraná Mais Orgânico em Londrina e professor do Departamento de Agronomia, do Centro de Ciências Agronômicas, Mauricio Ursi Ventura, disse que existem uma série de impeditivos estruturais, que vão além da propriedade, nesses locais. Eles dão preferência a estes produtores porque, em geral, os assentamentos têm problemas. Um produtor familiar comum tem uma estrutura já pronta para produzir. Muitas vezes os assentados não têm estrada para escoar a produção, nem um relevo adequado para plantar. Alguns lotes têm falta de água, por exemplo, inviabilizando a produção. Exatamente pelas dificuldades, o professor considera “um grande avanço” a certificação dos produtores, o que pode servir de inspiração para trabalhos futuros. O assentamento Eli Vive em Londrina, é considerado o maior em área urbana do país e é coordenado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Atualmente, vivem no assentamento 550 famílias. (Repórter: Sérgio Aguiar)