Pacientes de hospitais de Cascavel recebem produtos feitos por presos

12/09/2020
Presos da Penitenciária Industrial de Cascavel, PIC, no Oeste do Paraná, implantados no setor de artesanato, estão levando conforto e acolhimento aos pacientes de hospitais do município.Desde maio de 2019, os detentos confeccionam naninhas, bonequinhas de pano, para entregar a crianças internadas. Agora, o projeto inclui a produção de almofadas e amigurumis, bichinho de pelúcia feito de crochê, e passou a contemplar também os adultos hospitalizados.Desde o início, mais de duas mil peças já foram doadas a pacientes.O projeto começou após os presos serem capacitados a confeccionar naninhas.Nestes 16 meses, o projeto foi se expandindo.Os internos passaram também a produzir almofadas em forma de corujas, nuvens, corações e vários outros temas, e os amigurumis.Mensalmente, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná recebe uma média de 150 naninhas.O coordenador regional do Departamento Penitenciário do Paraná, Depen, em Cascavel, Thiago Correia, destaca que o trabalho é também uma forma de apresentar aos internos uma forma de mudar de vida.A princípio, os materiais fabricados atendiam apenas as crianças internadas na ala pediátrica e psiquiátrica do Hospital Universitário, funcionando como suporte terapêutico aos pequenos.Agora, além delas, os adultos também passaram a ser contemplados, assim como pacientes do Hospital do Câncer de Cascavel.A psicóloga do Hospital Universitário, Sheila Taba, relata que, com a pandemia da Covid-19, o repasse das naninhas passou a priorizar situações com muito sofrimento envolvido.//SONORA SHEILA TABA//Implantado na PIC em 2017, o “Mãos que Criam” é de artesanato e tem o objetivo de ajudar quem precisa.A ideia de confeccionar naninhas surgiu dentro dele.A coordenara do projeto de artesanato na PIC, Adriana Pereira, explica que no começo, em parceria com o Conselho da Comunidade, foram adquiridas uma máquina de costura e os insumos necessários a produção.//SONORA ADRIANA PEREIRA//O diretor da Penitenciária Industrial de Cascavel, Rodrigo Cardoso, afirmou que o repasse desses materiais é uma maneira de mitigar o sofrimento dos pacientes internados e dos seus familiares e ainda é uma forma de fazer com que o trabalho dos internos proporcionem um retorno positivo à sociedade.//SONORA RODRIGO CARDOSO//De acordo com coordenadora do Conselho da Comunidade de Cascavel, Pâmela Pfeffer, a ideia de levar parte aos hospitais surgiu após a expansão da produção.Além de ajudar quem precisa, o coordenador regional do Depen também lembra que esta é mais uma iniciativa que permite que o preso se ocupe, aprenda um novo ofício e ainda contribua de alguma forma com a sociedade.(Repórter: Marcelo Galliano)