Operação Mata Atlântica em Pé aplicou R$ 15,6 milhões em multas por desmatamento ilegal

30/09/2021
A proteção ambiental da Mata Atlântica é uma das prioridades dos órgãos públicos do Paraná. Para garantir a preservação, todos os anos a Secretaria de Segurança Pública e o Instituto Água e Terra, em conjunto com o Ministério Público do Paraná, realizam a Operação Mata Atlântica em Pé, que tem objetivo de localizar áreas degradadas e responsabilizar os infratores. O balanço dos 10 dias de trabalho nos 40 municípios alvos da operação, apresentado nesta quinta-feira em coletiva de imprensa, foi de 174 polígonos fiscalizados e constatados danos em mais de 2.200 hectares. A força-tarefa envolvendo policiais militares ambientais, agentes do IAT e do Ibama aplicou multas que superaram os 15 milhões e 666 mil reais. Segundo o promotor Alexandre Gaio, a integração entre os agentes de fiscalização foi fundamental para a operação.
Somente pelo Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde, os policiais militares percorreram 324 quilômetros a pé em regiões de mata, além de quase 21 mil e 300 quilômetros de patrulhamento motorizado. Houve apoio de uma aeronave do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas, em convênio com o IAT, para auxiliar na localização e mensurar a extensão dos danos causados por desmatamentos ilegais. Já os agentes do IAT fiscalizaram 56 polígonos e constataram 555 hectares de desmatamento, e o trabalho ocorreu principalmente nos municípios da região de Maringá. Pela primeira vez, a Polícia Científica do Paraná, por meio da Seção de Crimes Ambientais, participou da operação. Ela atuou, na maior parte dos casos, com imagens por satélite e trabalhos de geoprocessamento, além de utilizar o material de apoio das demais instituições envolvidas. A operação Mata Atlântica em Pé ocorreu em 17 estados da Federação, com trabalhos coordenados regionalmente pelos Ministérios Públicos. Eles focaram na identificação das áreas desmatadas, responsabilização dos causadores dos crimes ambientais e interrupção do avanço do homem nos locais de preservação permanente. Outros detalhes podem ser conferidos em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)