Obras de escavação do túnel de Francisco Beltrão, no Sudoeste, chegam ao fim

01/12/2020
A escavação do túnel de contenção de cheias em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, termina nesta quinta-feira. As obras colocam ponto final na parte mais impactante da intervenção, que é a estrutura de 8 metros de altura e 1200 metros de extensão que passa embaixo do município. Esse trabalho final foi executado por 70 funcionários em ritmo intenso.

Com a conclusão do túnel, a obra, que é dividida em mais partes, alcança 62,5% de execução. Os próximos passos, que serão iniciados ainda neste ano, envolvem a construção das comportas e a escavação do Córrego Urutago para mudar o sentido da água que alaga a cidade em dias de temporal. O caminho natural da vazão será encurtado em quatro quilômetros, favorecendo uma queda lenta e gradual até o desemboque no Rio Marrecas, no bairro Padre Ulrico.

A obra como um todo está prevista para terminar apenas no próximo ano. O túnel e as estruturas correlatas vão evitar, de uma vez por todas, as enchentes que são parte da história do município e que já geraram perdas sociais e financeiras incalculáveis para os moradores. O investimento do Governo do Estado é de 29 milhões de reais nesse projeto de escavação, inédito em uma cidade do Interior do País, e de 50 milhões de reais ao todo.



Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, essa é uma obra debatida há muitos anos dentro do município e que resolverá os problemas com as cheias dos rios que passam no perímetro urbano. //SONORA RATINHO JUNIOR//

Para o prefeito Cleber Fontana, esse projeto é um marco na história do Paraná, segundo ele, Francisco Beltrão perdeu muitos investimentos ao longo da história com problemas das enchentes. //SONORA CLEBER FONTANA//.

O túnel começou a ser construído em duas frentes, no Parque de Exposições Jayme Canet Júnior e no bairro Padre Ulrico. Elas se encontraram em 24 de setembro. As escavações foram feitas com 5 metros de altura por 5 metros de largura, e desde que as obras se uniram começou o processo de rebaixamento de rocha em mais 3 metros, gerando os 8 metros de altura do projeto original.

Dessa união de concepção do problema com a necessidade de estancamento surgiram, em 2016, estudos preliminares no antigo Instituto das Águas do Paraná, o atual Instituto Água e Terra para a construção de um túnel. A ideia foi encontrar um ponto em que a distância não fosse muito longa e em que o solo permitisse a escavação. Nesse local foi feita uma análise das maiores precipitações da história do município e em mais de um dia, para que o túnel projetado suportasse chuvas de 200 ou 300 milímetros.(Repórter: Flávio Rehme)