Entre famílias de instrumentos, movimentos e disposição: como funciona a Orquestra Sinfônica

22/05/2025
Na linguagem popular, quando alguma coisa é orquestrada, significa que ela foi pensada nos mínimos detalhes. A expressão se remete justamente às orquestras musicais, que reúnem instrumentos variados, tocados de forma harmoniosa, mesmo sendo executados por várias pessoas. Em celebração os 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná, músicos e o maestro do corpo artístico ajudam a explicar como uma orquestra é formada. Ela é composta por três famílias ou naipes instrumentais: as cordas, o sopro, que se divide entre os instrumentos de madeira e os de metal, e a percussão. Ao redor do maestro que rege os músicos estão as cordas. Os sopros de madeira ficam logo atrás, funcionando como uma ligação entre as cordas e os metais. No fundo, fica a família da percussão, com som mais forte. Atualmente, a Orquestra Sinfônica do Paraná conta com 73 músicos, mas ela pode reduzir ou aumentar de tamanho conforme a peça que será executada. Alexandre Brasolin, violinista da Orquestra e maestro convidado nos concertos do projeto Guaíra para Todos, cita alguns exemplos. // SONORA ALEXANDRE BRASOLIN //

A família das cordas é a mais numerosa em uma orquestra e funciona como uma cama que dá base à composição. Na disposição da orquestra, é a família que fica à frente no palco, ao redor do maestro, dentro de uma escala que vai dos instrumentos mais agudos até os mais graves. Logo na sequência está a família do sopro, que é dividida entre madeiras e os metais, conforme o material que os instrumentos são feitos. O flautista Sebastião Interlandi Junior, que está na Orquestra Sinfônica do Paraná desde que foi fundada, explica que basicamente as famílias das orquestras estão divididas em timbres, e é essa diferença que mostra a riqueza da música sinfônica. // SONORA SEBASTIÃO INTERLANDI JUNIOR //

Já a percussão é a turma do fundão em uma orquestra e é a que tem o maior número de instrumentos, conforme explica Márcio Szulak, percussionista da Orquestra Sinfônica do Paraná. // SONORA MÁRCIO SZULAK //

E é para tornar a execução dessas dezenas de instrumentos em uma apresentação harmoniosa que entra a figura do maestro. Ele conduz e coordena a orquestra para garantir que os músicos toquem em sintonia, que no caso da Orquestra Sinfônica do Paraná, quem faz esta função é Roberto Tibiriçá. // SONORA ROBERTO TIBIRIÇÁ //

Além dele, outra figura que chama atenção em um concerto é o spalla, o primeiro violinista e um dos assistentes do maestro. Ricardo Molter, violinista e um dos spallas da Orquestra, conta como funciona esse trabalho. // SONORA RICARDO MOLTER //

Esta reportagem integra a série especial produzida pela Agência Estadual de Notícias em comemoração aos 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná. (Repórter: Gustavo Vaz)