Nova Ferroeste recebe apoio da Associação das Empresas Cerealistas do Paraná
24/03/2022
O setor produtivo de grãos pode ganhar novo fôlego com a execução do projeto da Nova Ferroeste. Essa é a aposta da diretoria da Associação das Empresas Cerealistas do Paraná, Acepar, que esteve reunida quinta-feira com parte da equipe do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário. O presidente da entidade, Alberto Araújo, entregou ao coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, uma carta de apoio ao projeto. A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que vai ligar o Porto de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, por trilhos. Ao todo, vão ser mil 304 quilômetros, que vão cortar o Oeste do Paraná, celeiro da produção de grãos. Um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu vai permitir a captação de carga do Paraguai e da Argentina. Outra ligação de Cascavel com Chapecó, em Santa Catarina, está em fase de estudos. Fagundes lembra que o setor vai ser um dos grandes beneficiados pela Nova Ferroeste.// SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES.//
O presidente da Acepar destacou que o investimento vai resolver um grande gargalo logístico.// SONORA ALBERTO ARAÚJO.//
A entidade nasceu em 2003 e hoje congrega 27 empresas cerealistas do Paraná. Juntas, possuem 200 unidades de recebimento e estocagem de grãos, boa parte localizada próximo ao traçado da nova ferrovia. Países da Ásia e Europa são o principal destino da colheita paranaense. Só no ano passado a exportação representou 70% da movimentação entre os associados. O principal atrativo do modal ferroviário frente ao rodoviário é o baixo custo. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental indicou que o valor do frete da Nova Ferroeste será quase 30% mais barato em comparação com o transporte rodoviário. Outro benefício será a eficiência. Hoje uma carga de Cascavel leva cinco dias para chegar a Paranaguá. A previsão é de que esse trecho seja percorrido em 20 horas na estrada de ferro. A Nova Ferroeste será o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados do País, o que deve transformar o Paraná num hub logístico da América do Sul por atrair parte da produção de países vizinhos como a Argentina e o Paraguai. Se estivesse em operação hoje, a ferrovia poderia transportar cerca de 38 milhões de toneladas de produtos, 26 milhões de toneladas seguiriam diretamente para o Porto de Paranaguá. O projeto está no processo de obtenção da Licença Prévia Ambiental junto ao Ibama. As audiências públicas vão ter início no mês de abril. O projeto deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo no segundo semestre. O investimento é de quase 30 bilhões de reais. A empresa ou consórcio vencedor fará a obra e poderá explorar a ferrovia por 70 anos. (Repórter: Felippe Salles)
O presidente da Acepar destacou que o investimento vai resolver um grande gargalo logístico.// SONORA ALBERTO ARAÚJO.//
A entidade nasceu em 2003 e hoje congrega 27 empresas cerealistas do Paraná. Juntas, possuem 200 unidades de recebimento e estocagem de grãos, boa parte localizada próximo ao traçado da nova ferrovia. Países da Ásia e Europa são o principal destino da colheita paranaense. Só no ano passado a exportação representou 70% da movimentação entre os associados. O principal atrativo do modal ferroviário frente ao rodoviário é o baixo custo. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental indicou que o valor do frete da Nova Ferroeste será quase 30% mais barato em comparação com o transporte rodoviário. Outro benefício será a eficiência. Hoje uma carga de Cascavel leva cinco dias para chegar a Paranaguá. A previsão é de que esse trecho seja percorrido em 20 horas na estrada de ferro. A Nova Ferroeste será o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados do País, o que deve transformar o Paraná num hub logístico da América do Sul por atrair parte da produção de países vizinhos como a Argentina e o Paraguai. Se estivesse em operação hoje, a ferrovia poderia transportar cerca de 38 milhões de toneladas de produtos, 26 milhões de toneladas seguiriam diretamente para o Porto de Paranaguá. O projeto está no processo de obtenção da Licença Prévia Ambiental junto ao Ibama. As audiências públicas vão ter início no mês de abril. O projeto deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo no segundo semestre. O investimento é de quase 30 bilhões de reais. A empresa ou consórcio vencedor fará a obra e poderá explorar a ferrovia por 70 anos. (Repórter: Felippe Salles)