Nova Ferroeste prevê investimentos estruturais e ambientais em Paranaguá e Morretes
01/04/2022
A Nova Ferroeste vai ligar o Paraná aos estados do Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, além da tríplice fronteira com Paraguai e Argentina. O objetivo é facilitar o escoamento de toda a produção agrícola e industrial para o Porto de Paranaguá, e em seguida rumo ao mercado internacional. O projeto deve impactar dezenas de cidades paranaenses. Duas delas são Morretes e Paranaguá, uma das pontas da nova estrada de ferro. Em Paranaguá o investimento vai ser de 240 milhões de reais para a construção de viadutos rodoviário e ferroviário. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental indicou a necessidade de melhorias na estrutura urbana da cidade para receber as locomotivas. Luiz Henrique Fagundes, coordenador do Plano Estadual Ferroviário, disse que em relação a Paranaguá, as obras vão reduzir significativamente a interferência do trem na cidade. //SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES//
A Serra do Mar, onde está Morretes, também deve receber a maior fatia das compensações e projetos ambientais. Da Capital ao Litoral, vai ser construída uma nova descida. A definição do traçado levou em consideração a área de domínio da BR-277, indicada no estudo ambiental, e coincide com a solução apontada pelo Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral há alguns anos. Entre as alternativas, à direita e à esquerda da rodovia, o trecho projetado é o que causa o menor impacto ambiental. Vão ser 55 quilômetros nesse trecho que envolve Morretes. Vão ser 18 quilômetros em viadutos e oito quilômetros em túneis para diminuir ao máximo a subtração de mata nativa. No restante, o Estudo de Impacto Ambiental indica a instalação de passagens de fauna inferiores e superiores, além de guias a cada 500 metros para permitir a circulação dos animais de médio e grande porte. Morretes possui o maior fragmento de Mata Atlântica dentro do projeto. Estão previstos programas voltados para o acompanhamento e monitoramento do impacto da fauna, flora, qualidade da água, ruído e trepidação. Segundo Fagundes, a grande preocupação do projeto é a Serra do Mar, que é um patrimônio natural do Paraná e precisa ser tratado com muita atenção por todas as partes. //SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES//
Os moradores e produtores das áreas impactadas também vão ser assistidos. O dinheiro da compensação vai poder ser usado para a regularização de reservas legais, recuperação de áreas degradadas, bem como no desenvolvimento de Planos de Manejos e Zoneamentos Ecológicos-Econômicos. Outro destino possível é o apoio a pesquisas acadêmicas e a implantação de programas de educação ambiental e turismo ecológico para a formação de mão de obra para potencializar a área, além da promoção das culturas dos povos tradicionais do Litoral. As obras estão contabilizadas no orçamento total do projeto e vão ser realizadas pela empresa ou consórcio vencedor do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, previsto para o segundo semestre desse ano. A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que vai tornar o estado a central logística da América do Sul, ligando por trilhos de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, Chapecó, em Santa Catarina e Foz do Iguaçu ao Porto de Paranaguá. Cerca de 70% dos produtos que vão circular pelos trilhos vão seguir para exportação. Dados do estudo de viabilidade técnica mostram que este vai ser o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados do País. Hoje somente 20% da carga que chega ao Porto de Paranaguá vem das locomotivas. A participação do modal ferroviário deve passar para 60% com a execução da obra e o tráfego de trens em Paranaguá pode triplicar. Atualmente o projeto está em fase de licenciamento e discussão com a sociedade. Vão ser realizadas nas próximas semanas as audiências públicas sobre os impactos de meio ambiente. (Repórter: Felippe Salles)
A Serra do Mar, onde está Morretes, também deve receber a maior fatia das compensações e projetos ambientais. Da Capital ao Litoral, vai ser construída uma nova descida. A definição do traçado levou em consideração a área de domínio da BR-277, indicada no estudo ambiental, e coincide com a solução apontada pelo Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral há alguns anos. Entre as alternativas, à direita e à esquerda da rodovia, o trecho projetado é o que causa o menor impacto ambiental. Vão ser 55 quilômetros nesse trecho que envolve Morretes. Vão ser 18 quilômetros em viadutos e oito quilômetros em túneis para diminuir ao máximo a subtração de mata nativa. No restante, o Estudo de Impacto Ambiental indica a instalação de passagens de fauna inferiores e superiores, além de guias a cada 500 metros para permitir a circulação dos animais de médio e grande porte. Morretes possui o maior fragmento de Mata Atlântica dentro do projeto. Estão previstos programas voltados para o acompanhamento e monitoramento do impacto da fauna, flora, qualidade da água, ruído e trepidação. Segundo Fagundes, a grande preocupação do projeto é a Serra do Mar, que é um patrimônio natural do Paraná e precisa ser tratado com muita atenção por todas as partes. //SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES//
Os moradores e produtores das áreas impactadas também vão ser assistidos. O dinheiro da compensação vai poder ser usado para a regularização de reservas legais, recuperação de áreas degradadas, bem como no desenvolvimento de Planos de Manejos e Zoneamentos Ecológicos-Econômicos. Outro destino possível é o apoio a pesquisas acadêmicas e a implantação de programas de educação ambiental e turismo ecológico para a formação de mão de obra para potencializar a área, além da promoção das culturas dos povos tradicionais do Litoral. As obras estão contabilizadas no orçamento total do projeto e vão ser realizadas pela empresa ou consórcio vencedor do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, previsto para o segundo semestre desse ano. A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que vai tornar o estado a central logística da América do Sul, ligando por trilhos de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, Chapecó, em Santa Catarina e Foz do Iguaçu ao Porto de Paranaguá. Cerca de 70% dos produtos que vão circular pelos trilhos vão seguir para exportação. Dados do estudo de viabilidade técnica mostram que este vai ser o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados do País. Hoje somente 20% da carga que chega ao Porto de Paranaguá vem das locomotivas. A participação do modal ferroviário deve passar para 60% com a execução da obra e o tráfego de trens em Paranaguá pode triplicar. Atualmente o projeto está em fase de licenciamento e discussão com a sociedade. Vão ser realizadas nas próximas semanas as audiências públicas sobre os impactos de meio ambiente. (Repórter: Felippe Salles)