Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá: turismo religioso movimenta o setor no Paraná

03/02/2025
O Paraná se tornou palco de duas grandes manifestações religiosas neste domingo. De um lado, a procissão marítima em Paranaguá, em homenagem à Nossa Senhora dos Navegantes; do outro, a edição 49 da Festa de Iemanjá em Foz do Iguaçu, que celebra a divindade das águas das religiões de matriz africana. Os dois eventos reforçam a vocação do Paraná no segmento de turismo religioso. As celebrações demonstram a força da fé nestas regiões, unindo diferentes manifestações espirituais e promovendo uma rica troca cultural e de experiências para todos os envolvidos. A tradicional procissão marítima em honra à Nossa Senhora dos Navegantes, no Rio Itiberê, em Paranaguá, reuniu dezenas de fiéis, que acompanharam a imagem da santa em embarcações e à beira do rio. A celebração, que ocorre anualmente, é um dos principais atrativos do litoral paranaense. Segundo Irapuan Cortes, diretor-presidente do Viaje Paraná, o segmento é responsável por uma grande parcela das viagens internas, distribuindo um fluxo turístico a localidades que, por vezes, não contam com tantos atrativos // SONORA IRAPUAN CORTES //

Com o apoio da Capitania dos Portos do Paraná, que coordenou as ações de segurança em Paranaguá, a procissão aconteceu de forma segura, com a orientação do uso de coletes salva-vidas e a fiscalização das embarcações. Já em Foz do Iguaçu, a cidade desde 1976 recebe a tradicional celebração que reúne líderes espirituais e devotos de diversos países, como Brasil, Paraguai e Argentina, em homenagem à orixá das águas. A festa começou com uma carreata pelas principais avenidas da cidade, acompanhada por cânticos e toques de atabaques. O momento de maior destaque foi a procissão fluvial no Kattamaran, que partiu do Porto de Areia. Na tradicional parada simbólica na Ponte Internacional da Fraternidade, que liga o Brasil e a Argentina, os motores do barco foram desligados, e os participantes, guiados por cantigas e orações, fizeram suas oferendas à Iemanjá, como águas de cheiro, alfazema e flores de laranjeira. (Repórter: Gustavo Vaz)