Nos últimos dois anos, Paraná não registrou transmissão originária de malária
25/04/2022
A Secretaria estadual da Saúde celebra nesta segunda-feira o Dia Mundial da Luta contra a Malária, instituído pela Organização Mundial da Saúde com a finalidade de reconhecer o esforço global para o controle da doença. Embora não exista um contexto endêmico no Paraná, que não registra há dois anos transmissão originária no Estado, o cuidado ainda é recomendado, principalmente a viajantes de locais que tenham altos índices do parasita, como a região amazônica, responsável por 89% de casos importados. Em relação aos estados, o Amazonas respondeu por 23% dos casos como origem da infecção no Paraná, seguido por Rondônia, com 21%, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Em 2021, foram confirmados 44 casos no Paraná, com Curitiba e Foz do Iguaçu registrando os maiores índices, seis e oito diagnósticos, respectivamente. Já de acordo com os dados preliminares deste ano, 12 registros da doença foram confirmados. Um dado importante é referente ao perfil dos casos. Neste período, 77% corresponderam ao sexo masculino, com a faixa etária entre 25 e 44 anos representando maior ocorrência. A espécie parasitária mais comum em meio às confirmações de casos no Estado é o Plasmodium vivax, com uma taxa de 77% das incidências. Transmitida por meio da picada de um mosquito Anopheles infectado, a malária segue como uma das principais causas de morte no mundo. Em estudo recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde, foram registrados, em 2020, 241 milhões de casos da doença e 69 mil óbitos. Os sintomas mais comuns da malária são febre alta, calafrios, tremores, sudorese, e dor de cabeça. Caso a pessoa apresente sintomas após uma viagem para alguma região com notificações de transmissão da doença, é recomendado que o paciente procure a unidade de pronto atendimento mais próxima e esclareça ao profissional de saúde sobre seu deslocamento, para que possa ser realizado o diagnóstico. Tipicamente, o paranaense que apresenta a malária pela primeira vez não possui, inicialmente, um ciclo intermitente típico da doença, mas sim períodos febris diários, com a manifestação mais incisiva dos sintomas após alguns dias. (Repórter: Wyllian Soppa)