Movimentação de cargas pela Ferroeste cresce 34%, com novo recorde

01/12/2020
A movimentação de cargas pela Ferroeste, que liga Cascavel a Guarapuava e transporta a produção agropecuária do Oeste paranaense para o Porto de Paranaguá, cresceu 34% nos primeiros dez meses de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. O volume de janeiro a outubro deste ano chegou a um milhão e 200 mil toneladas transportadas e, mesmo sem contar novembro e dezembro, já é a maior quantidade registrada pela empresa em um ano. Nesta terça-feira, o governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve na Ferroeste e entregou o primeiro pacote de revitalização e modernização das locomotivas e vagões da empresa. Durante o evento, ele afirmou que um dos objetivos da gestão era mostrar que um bom trabalho poderia fazer a diferença na Ferroeste.// SONORA RATINHO JUNIOR.//

Passam pelos trilhos da ferrovia grãos e frango refrigerado, que são enviados para exportação via Porto de Paranaguá, e fertilizantes e cimento ensacado, transportados até Cascavel. O trabalho apenas na movimentação de grãos, de 730 mil toneladas, atingiu patamar histórico, ajudando a potencializar as exportações de soja do Paraná. De janeiro a outubro, a movimentação para o exterior atingiu quatro bilhões e 400 milhões de dólares, 31% de tudo o que saiu do Estado para outros países e 57% maior em relação a 2019. Entre janeiro e outubro deste ano a Ferroeste registrou lucro operacional de um milhão e 200 mil reais, e faturamento bruto de 19 milhões, segundo balanço da empresa. O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, destacou que a Ferroeste parou de custar ao bolso do paranaense.// SONORA SANDRO ALEX.//

Além dos números positivos no faturamento, houve redução dos custos operacionais em relação a 2019, em cerca de 35%, consequência de um trabalho de austeridade. O resultado consolida o bom desempenho que a empresa vem conquistando desde o ano passado, conforme explicou o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves.// SONORA ANDRÉ GONÇALVES.//

Além da boa gestão, outro fator que auxiliou no bom desempenho foi o acordo com a Rumo Logística para ampliar a capacidade de escoamento da safra da região Oeste pelo ramal ferroviário. As duas empresas passaram a dividir os trilhos no começo deste ano. Com isso, a Rumo, que opera o trecho entre Guarapuava e Paranaguá, passou a entrar na malha da Ferroeste, dobrando a capacidade de operação das empresas. A Ferroeste foi qualificada em meados deste ano no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos, do governo federal, o que deve acelerar o processo de desestatização. O pedido foi feito pelo Governo do Estado e significa que a União vai ajudar o Paraná com apoio técnico regulatório necessário em diversas áreas, da modelagem e meio ambiente à atração de investidores. A expectativa é colocar a Ferroeste em leilão na B3 até o final de 2021 já com os projetos da ferrovia que liga Maracaju, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá encaminhado. Outros detalhes podem ser conferidos em xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Wyllian Soppa)