MUPA bateu recorde de público, alcançou projeção nacional e abriu espaço para grandes temas em 2022

30/12/2022
Este foi um ano intenso e agitado no MUPA, o Museu Paranaense, tanto para o corpo técnico quanto para o público fiel que por ali passou nesses últimos 12 meses. No total, foram mais de 65 mil visitantes que passaram pelo espaço no período entre janeiro e novembro de 2022, um aumento de 6,7% em relação ao mesmo período em 2019, ano pré-pandemia. O MUPA, terceiro museu mais antigo do Brasil, ganhou uma significativa e inédita projeção nacional este ano, por meio de projetos e parcerias com outras instituições de prestígio e do reconhecimento da imprensa fora do Estado, com eventos sempre gratuitos para democratizar cada vez mais o acesso à cultura para todos os interessados. O ano começou com o lançamento do Programa Público “Se Enfiasse os Pés na Terra: relações entre humanos e plantas”. Mais de 20 mil pessoas foram alcançadas de forma presencial ou on-line. Em janeiro, o MUPA lançou também o II Edital de Ocupação do Espaço Vitrine, que recebeu 61 propostas de artistas, arquitetos, artesãos e pesquisadores. Em maio, paralelamente às atividades do Programa Público, o MUPA realizou um dos encontros mais significativos e também delicados que já aconteceram nos 145 anos de fundação. De um lado, o público fiel do MUPA, sempre receptivo a conhecer diferentes cosmovisões; do outro, os indígenas Kayapó. Ainda no âmbito dos trabalhos com povos originários, o MUPA promoveu em maio deste ano uma chamada aberta voltada à seleção de estudantes indígenas universitários para atuarem como bolsistas no museu. Os três selecionados estão, atualmente, focados em atividades de pesquisa, curadoria e consultoria para uma nova exposição abordando temáticas da cultura indígena. Eles recebem uma bolsa mensal no valor de 800 reais. Em junho, o MUPA lançou a exposição temporária “Necrobrasiliana”, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, de Recife, dando continuidade ao intercâmbio entre as duas instituições, iniciado em 2020. Outra exposição temporária inaugurada no Museu este ano, em outubro, foi a individual de Marilá Dardot, “ainda sempre ainda”. Mostras de longa duração e a ampliação do acervo, norteou os dois projetos de mostras de longa duração inaugurados em 2022. Em junho, a exposição “Nosso Estado: Vento E/Em Movimento” mergulhou nas histórias e identidades de povos que formam e seguem formando o Paraná. "Ante ecos e ocos" foi a segunda exposição de longa duração lançada no ano, que apresenta a cultura afro-brasileira por meio de um recorte mais local, abrangendo as heranças africanas do Paraná, a partir de objetos que integram o acervo do Museu. De 2019 para cá, foram 2.504 itens incorporados ao acervo e 25 itens passaram por processo minucioso de restauração. História, memória e legado das mulheres negras também foi pauta de debates no MUPA este ano. Durante o mês de julho, aconteceu uma série de ações para marcar e celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. O ano foi também de aprofundar e melhorar a acessibilidade do Museu Paranaense. Todos os eventos do Programa Público contaram com tradução simultânea em Libras, bem como vídeos e áudios das exposições, que foram disponibilizados com tradução em Libras e audiodescrição. A primeira reforma estrutural do MUPA em 20 anos começou no final de 2022. Sem fechar para o público, ele está em processo de restauro e reforma. Fundado em 1876, o Museu Paranaense foi a primeira instituição científica e cultural do Paraná e conta com um acervo com mais de 500 mil peças, um dos mais importantes da América Latina. O Museu Paranaense fica na Rua Kellers, 289, São Francisco, em Curitiba. Abre de terça a domingo, das 10 horas da manhã às 5 e meia da tarde. A entrada é gratuita. Mais informações no site www.museuparanaense.pr.gov.br . (Repórter: Flávio Rehme)

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