Laboratório da Universidade Estadual de Maringá é referência no combate à tuberculose

24/03/2022
O dia 24 de março é marcado pelo Dia Internacional da Luta Contra a Tuberculose, doença endêmica, que anualmente registra cerca de 10 milhões de casos e um milhão e 300 mil mortes no mundo. A UEM, Universidade Estadual de Maringá, por meio do Lepac, Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas, presta importantes serviços no combate à tuberculose no Noroeste do Paraná. Através de um convênio com a 15ª Regional de Saúde do Paraná, realiza exames regulares para os 30 municípios da região. A coordenadora do Lepac, professora Regiane Bertin de Lima Scodro, afirmou que antes da Covid-19, a tuberculose era a doença infectocontagiosa com a maior taxa de letalidade. //SONORA REGIANE BERTIN DE LIMA SCODRO//

O diagnóstico é realizado por Teste Rápido Molecular, que detecta o DNA da bactéria causadora da doença. Já foram realizados 4.206 testes, com cerca de 10% de diagnósticos positivos. A tuberculose é uma doença causada principalmente pelo  bacilo de Koch, nome dado em homenagem ao cientista que descobriu o agente causador da enfermidade, Robert Koch. Altamente infecciosa, atinge principalmente os pulmões, podendo se espalhar para os rins, ossos e olhos. O principal sintoma é a tosse persistente, mas também são comuns febre ao entardecer, suor noturno, emagrecimento, cansaço e fadiga. A transmissão ocorre principalmente pela tosse, fala e espirros de pessoas doentes. O tratamento envolve o uso de antibióticos por períodos de seis a nove meses e a principal forma de prevenção é a vacina BCG. A bactéria causadora pode adquirir resistência aos antibióticos tradicionalmente utilizados, o que requer adaptações no tratamento, como o uso de injetáveis. Muitas pessoas podem estar infectadas com a bactéria sem manifestar os sintomas da doença, quadro chamado de tuberculose infecção. Essas pessoas podem, eventualmente, desenvolver a tuberculose ativa, o que torna importante diagnosticar ainda no estado latente. Regiane enfatiza que um dos maiores desafios no combate à tuberculose é o abandono do tratamento. Segundo ela, é comum que os pacientes apresentem melhora nos sintomas durante o primeiro mês de medicação, o que leva muitos a interromper o tratamento antes da conclusão. //SONORA REGIANE BERTIN DE LIMA SCODRO//

Aproveitando o Dia Internacional de Luta Contra a Tuberculose, nas próximas duas semanas acadêmicos integrantes de projetos de extensão aprovados pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e coordenados por professores ligados ao Lepac, vão realizar atividades em locais públicos, como o Parque do Ingá e a Feira do Produtor, em Maringá, dialogando com a população sobre os riscos, prevenção e tratamento da tuberculose. (Repórter: Flávio Rehme)