IDR-Paraná e Embrapa orientam produtores do Paraná sobre como combater praga da erva-mate

15/02/2022
A broca-da-erva-mate, conhecida também como besouro corintiano, é uma das principais pragas que ataca os ervais. As larvas constroem galerias no tronco da erveira, impedindo a circulação normal da seiva, prejudicando o desenvolvimento da planta e podendo causar até mesmo a morte do pé. É justamente a partir de fevereiro que a broca aparece no erval, o que exige do produtor uma reação imediata para o controle da praga. Especialistas do IDR-Paraná e da Embrapa alertam que ervais bem manejados, cultivados em solos bem nutridos e sombreados têm mais defesa contra a broca da erva-mate. As duas entidades fazem uma campanha de esclarecimento junto aos produtores sobre o controle no Paraná. A broca é registrada em toda a região de produção da erva-mate. Os besouros aparecem em dois períodos: em novembro, quando nascem os filhotes, e em fevereiro, época de acasalamento dos insetos. O adulto é um besouro que mede, aproximadamente, 2,5 cm de comprimento, com o corpo de cor geral preta, coberto por pelos brancos, daí o inseto ser conhecido como "corintiano". Durante o processo de broqueamento, a larva vai compactando atrás de si a serragem, que serve de proteção. Árvores sombreadas e que recebem, periodicamente, adubação orgânica ou química, têm maior resistência ao ataque da broca. Os ervais devem ser adubados a cada ciclo de colheita, ou 18 meses, para repor os nutrientes do solo. Um problema recorrente nas áreas de erva-mate é o uso indevido de herbicidas não autorizados para a cultura. Suzete Penteado, do Embrapa Florestas, ressalta que uma forma eficiente de controlar a broca nos ervais é fazer o controle biológico. A pesquisadora diz que atualmente existe um fungo desenvolvido justamente para controlar a broca da erva-mate. O fungo provoca a morte dos insetos, que ocorre quando o besouro entra em contato com a superfície da planta onde foi aplicado. (Repórter: Gustavo Vaz)