IAT propõe gestão compartilhada de unidade de conservação com comunidade indígena

17/02/2022
O Instituto Água e Terra entrega nesta sexta-feira, ao Instituto Angelo Kretã, documento com a proposta de compartilhar a gestão da Floresta Estadual Metropolitana, localizada em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, com uma comunidade indígena. Será entregue a minuta de termo de acordo de cooperação técnica para a cogestão e promoção de ações de educação ambiental na unidade de conservação. A iniciativa faz parte do acordo firmado com a comunidade indígena que ocupa as dependências da floresta atualmente. Essa proposta será analisada pela comunidade indígena para depois ser oficializada. Diretor-presidente do IAT, Everton Souza destacou que essa será a primeira vez que uma gestão compartilhada de unidade de conservação é realizada dessa maneira, com a sociedade civil, representada pelo Instituto Angelo Kretã.// SONORA EVERTON SOUZA.//

A iniciativa começou a ser discutida em agosto do ano passado, data em que a comunidade indígena das etnias Kaingangue e Guaraní-Nhandewa, formada por 25 pessoas atualmente, ocupou parte do terreno da Floresta Estadual Metropolitana. Além da entrega da minuta, o Instituto Água e Terra acolheu a comunidade indígena nas dependências da Unidade de Conservação que não eram utilizadas: o anfiteatro e o receptivo. Segundo Rafael Andreguetto, diretor de Políticas Ambientais da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, a ação imediata da Pasta quando os indígenas se acomodaram no local foi proporcionar melhor qualidade de vida a eles.// SONORA RAFAEL ANDREGUETTO.//

Eloy Jacintho, representante da comunidade indígena, ressaltou que o objetivo principal de todos é a preservação ambiental.// SONORA ELOY JACINTO.//

A permanência da comunidade no local atende também o estabelecido no Sistema Nacional de Unidade de Conservação, em relação a abrigar populações tradicionais. Esse intercâmbio vai beneficiar tanto a comunidade indígena, que terá um local para vivenciar de forma plena a sua cultura; a população em geral, que terá a possibilidade de conhecer in loco como é o modo de vida da população primeira do Paraná, e a Unidade de Conservação, que terá sua vegetação natural regenerada, além de ser um local de construção de educação ambiental. Outros detalhes podem ser conferidos em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)