IAT inicia controle de javalis no Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo

29/11/2021
O Instituto Água e Terra iniciou a instalação de armadilhas para a captura de javalis no Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo, no município de Fênix, no Centro-Oeste. A espécie é considerada exótica invasora e causa prejuízos à fauna e flora local. Essa iniciativa é feita em parceria com os escritórios regionais do IAT de Campo Mourão, Cornélio Procópio e Ponta Grossa, e também da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Os espécimes capturados passarão por coletas de sangue, exames clínicos e procura de carrapatos, a fim de analisar possíveis zoonoses que possam vir a infectar a fauna e a flora da área. Esta é uma iniciativa de incentivo ao programa de Saúde Única promovida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, com atenção à saúde ambiental, humana e animal. O gerente do Parque Vila Velha, por parte do IAT, Juarez Baskoski, explicou que o objetivo é fazer o monitoramento dessa espécie exótica que vem trazendo grandes problemas dentro das Unidades de Conservação, como o afugento das espécies nativas e também degradação de nascentes.// SONORA JUAREZ BASKOSKI.// O javali é considerado uma praga no território brasileiro, devido à falta de predadores para a espécie, grande capacidade de se adaptar a novos ambientes e de reprodução. Ele é considerado uma espécie invasora, trazida da Europa para o Brasil e que hoje causa prejuízos à fauna local, à vegetação e à economia rural, conforme destacou o biólogo do IAT, Mauro Britto.// SONORA MAURO BRITTO.// As armadilhas para captura de javalis foram instaladas pelo IAT inicialmente no Parque Estadual Vila Velha, nos Campos Gerais. Devido ao sucesso da atividade, foram instaurados os projetos de pesquisa sobre zoonoses relacionadas aos javalis, com a inclusão do Parque Estadual Mata São Francisco e do Parque Estadual Lago Azul. O Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo é o quarto a receber a iniciativa de captura da espécie pelo Estado, com intenção de adesão às demais Unidades de Conservação do Paraná. Essas armadilhas não capturam de forma violenta. Elas são estruturas de madeira, como grandes gaiolas. Quando o javali entra na construção, uma porta se fecha, de maneira a evitar o escape. (Repórter: Wyllian Soppa)