IAT e comunidade indígena dividem gestão de floresta estadual na região de Curitiba

19/04/2022
No Dia do Índio, comemorado nesta terça-feira, 19 de abril, o IAT destaca a parceria celebrada com a comunidade indígena das etnias Kaingangue e Guaraní-Nhandewa, que habitam desde o ano passado a Floresta Estadual Metropolitana, localizada em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Foi entregue ao Instituto Angelo Kretã um documento com a proposta de compartilhar a gestão do local. É a primeira vez que um acordo de cogestão de Unidade de Conservação é proposto com uma entidade da sociedade civil. O objetivo é promover o desenvolvimento de ações de preservação e educação ambiental. O acordo de cooperação prevê ações que possam ser desenvolvidas em conjunto, dentro da Política de Educação Ambiental e com base no Plano de Manejo da Floresta Estadual Metropolitana. Em reconhecimento aos direitos da comunidade indígena, o IAT cedeu as dependências da Unidade de Conservação para que as pessoas possam viver com dignidade e acesso a itens básicos de higiene, como banheiros. O secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza, ressalta que como contrapartida, os moradores da Floresta Estadual Metropolitana contribuem com o reflorestamento e cuidado do local.// SONORA EVERTON SOUZA.//

O IAT destinou 600 mudas de árvores nativas que foram plantadas pela comunidade que habita a Unidade. As mudas destinadas são das espécies bracatinga-de-arapoti; cafezinho do mato; angico-branco; araucária; canafístula; canela-sassafrás; cedro-rosa; dedaleiro; jerivá; paineira; pau-cigarra, aleluia, caquera; e vacum. Eloy Jacintho, representante da comunidade indígena, celebra a parceria com o IAT.// SONORA ELOY JACINTHO.//

A permanência da comunidade no local atende também o estabelecido no Sistema Nacional de Unidade de Conservação, em relação a abrigar populações tradicionais. Esse intercâmbio irá beneficiar tanto a comunidade indígena, que terá um local para vivenciar de forma plena a sua cultura; a população em geral, que terá a possibilidade de conhecer in loco como é o modo de vida da população primeira do Paraná, e a Unidade de Conservação, que terá sua vegetação natural regenerada, além de ser um local de construção de educação ambiental. (Repórter: Felippe Salles)