IAT e Unespar investem em pesquisas com microplásticos e proteção de nascentes

24/05/2024
O IAT, Instituto Água e Terra, e a Unespar, Universidade Estadual do Paraná, formalizaram nesta semana dois Termos de Execução Descentralizada para viabilizar ações de interesse recíproco com foco na conservação do meio ambiente. O primeiro acordo prevê a implantação do Projeto Sanear, um laboratório móvel para atendimento à proteção de nascentes nas cidades que integram a Comcam, Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão. O segundo documento visa a criação do Lapemi, Laboratório de Pesquisas sobre Microplásticos no Paraná. O investimento nas ações é de mais de 1 milhão 965 mil reais, orçamento que poderá ser suplementado conforme a necessidade dos projetos. Além disso, as duas entidades atuarão juntas na difusão das ações de educação ambiental, presentes em ambas as iniciativas. A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior atuam como intervenientes. O Termo de Execução Descentralizada para o projeto Sanear tem vigência de 12 meses e estipula investimentos de cerca de 939 mil reais. Desenvolvido pelo professor Jefferson de Queiroz Crispim, a proposta busca atender pequenos produtores agrícolas na perspectiva de melhorar a qualidade de vida das famílias. Isso envolve a instalação de sistemas de tratamento de esgoto e de água potável, utilizando materiais de baixo custo, melhorando a qualidade do efluente liberado e da água consumida provenientes de nascentes. A reitora da Unespar, Salete Machado Sirino, explica os principais objetivos e benefícios do projeto. // SONORA SALETE MACHADO //

Já o Laboratório de Pesquisas sobre Microplásticos do Paraná vai funcionar no campus da Unespar e conta com investimento inicial de mais de 1 milhão de reais para a compra de equipamentos científicos de última geração. A proposta tem vigência inicial de 24 meses e busca intensificar estudos sobre os efeitos do microplástico sobre as águas, a fauna, os seres humanos e o meio ambiente. A reitora destaca a importância da nova tecnologia e os impactos futuros das pesquisas. // SONORA SALETE MACHADO //

Os microplásticos, partículas de 0,1 a 5 milímetros, são encontrados em diversos ambientes aquáticos e causam danos graves à vida marinha e aos ecossistemas, incluindo envenenamento e sufocamento de espécies. No ser humano, a contaminação pode ocorrer pelo consumo de água, alimentos do mar e inalação, levando a riscos como alterações hormonais, distúrbios de desenvolvimento, neurotoxicidade, aumento do risco de câncer e problemas reprodutivos. (Repórter: Gabriel Ramos)