Governos federal e estadual reforçam medidas e alertas contra a gripe aviária

23/05/2023
O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou na noite desta segunda-feira estado de emergência zoosanitária em todo país com o objetivo de reforçar as medidas para evitar que a gripe aviária chegue a granjas comerciais e à produção de aves de subsistência. Até agora o vírus da influenza aviária de alta patogenicidade, o H5N1, foi detectado em sete aves silvestres no Espírito Santo e em uma no Rio de Janeiro. O gerente de Saúde Animal da Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Rafael Gonçalves Dias, afirma que os consumidores não precisam se preocupar em relação à carne de frango.// SONORA RAFAEL GONÇALVES DIAS.//

A detecção dos casos em aves silvestres não altera o status brasileiro de livre da doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal. Dessa forma, o País pode continuar a produzir e exportar como faz até agora. O Paraná é o maior produtor e o principal exportador de carne de frango do Brasil. A Portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária tem validade por 180 dias. A declaração de estado de emergência zoosanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas instâncias federal, estadual e municipal, e não governamentais. As aves silvestres que apresentaram o vírus nos dois Estados do Sudeste brasileiro são trinta-réis-de-bando, trinta-réis real e atobá-pardo. Uma das orientações à população é que, se houver suspeita, as aves doentes ou mortas não sejam recolhidas, mas que se comunique o serviço veterinário mais próximo, a fim de que o eventual vírus não se espalhe. No Paraná, o serviço a ser acionado é o da Adapar, que tem escritórios em vários municípios. Devem ser comunicados comportamentos diferentes do usual nas aves, como complicações respiratórias, falta de ar, tosse, espirros ou fraqueza. Além do trabalho de checagem imediata em todos os casos denunciados, a Adapar faz exames constantes em aves pelo Estado como estratégia de vigilância ativa. A Portaria também prorrogou, por tempo indeterminado, a vigência da suspensão de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no Ministério. Essa medida aplica-se a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades. (Repórter: Felippe Salles)