Governo se reúne com setor produtivo para discutir impactos econômicos da guerra na Ucrânia

10/03/2022
Representantes do Governo do Paraná, da indústria e do setor produtivo estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira para discutir as consequências e impactos diretos à economia do Estado da invasão russa na Ucrânia. A guerra já dura 15 dias e tem impacto direto nas relações comerciais entre os países envolvidos e o Paraná. O chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, convocou uma reunião para alinhar com os setores soluções práticas para o enfrentamento da crise econômica. As relações econômicas e comerciais entre Paraná, Rússia e Ucrânia são extensas e o fechamento de portos do Leste Europeu, assim como as sanções da Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, atingem os principais indicadores econômicos que interferem diretamente nos preços do barril do petróleo, nas commodities, nos insumos agrícolas e outros setores. As atividades econômicas devem sofrer impactos em diversas frentes, como o aumento na taxa de juros, a falta de insumos e a desvalorização do câmbio. À frente da pasta da Agricultura, Norberto Ortigara apresentou o cenário do agronegócio no Estado, que já vem enfrentado a crise da estiagem desde de 2019. Um relatório atualizado pelo Deral, o Departamento de Economia Rural, estima um prejuízo prévio de 25 bilhões e 600 milhões de reais na safra de grãos do Paraná em razão da crise hídrica que atinge o Estado de forma severa. Os reflexos da guerra também preocupam os empresários paranaenses. O setor industrial deve sentir diretamente o aumento nos preços do ferro, alumínio e cobre. Os fretes devem sofrer uma alta impulsionada pela recente disparada do preço do barril de petróleo. No campo, a preocupação é com os insumos e as exportações agrícolas. (Repórter: Gustavo Vaz)