Governo do Paraná acompanha denúncias de tráfico de pessoas ao Camboja, na Ásia

14/10/2022
O Governo do Paraná, referência no enfrentamento ao tráfico de pessoas, acompanha os casos de brasileiros que supostamente estariam sendo vítimas de cárcere privado e situação análoga à escravidão no Camboja, na Ásia. Dentre as vítimas estariam quatro paranaenses, segundo as denúncias já registradas. As informações sobre essa situação foram recebidas pelo Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná, órgão da Sejuf, Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, e encaminhadas para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que também monitora o caso e atua na averiguação das informações, bem como o Ministério das Relações Exteriores. Segundo os dados preliminares, as vítimas teriam sido cooptadas por meio de anúncios de emprego pela internet, com promessa de renda a partir de 900 dólares, cerca de 4 mil e 760 reais na cotação atual. O trabalho seria de negociação de criptomoedas. As denúncias dão conta de que, ao chegarem ao Camboja para realizar os treinamentos para o trabalho, as vítimas são obrigadas a entregar documentos e são submetidas a jornadas de trabalho excessivas, privação parcial de liberdade e ameaças. De acordo com as informações já levantadas a respeito do caso, as oportunidades de trabalho seriam ofertadas por empresas que supostamente atuam no mercado financeiro e de crédito. As vagas temporárias de trabalho ofereceriam, além de um salário de base competitivo, comissões por venda de ativos. Também são prometidas, dentre outras coisas, condições dignas de moradia e emprego, além da possibilidade de crescimento dentro do mercado de moedas digitais. Rogério Carboni, secretário de Justiça, Família e Trabalho, ressaltou que logo que foi recebida a primeira denúncia e verificada a situação delicada, foi enviado para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, para auxiliar no que for necessário. //SONORA ROGÉRIO CARBONI//

A Chefe do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Silvia Xavier, explicou que é sempre necessário ligar um sinal de alerta quando há ofertas profissionais e financeiras que pareçam extremamente vantajosas na internet. //SONORA SILVIA XAVIER//

Denúncias podem ser feitas junto ao Núcleo por meio do telefone (41) 3221-7956 ou e-mail nucleoetp@seju.pr.gov.br ; pelos canais Disque 100 e Ligue 180, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; e junto à Polícia Federal. (Repórter: Flávio Rehme)