Força-tarefa mira esquema de sonegação bilionário no ramo de comercialização de café

12/08/2021
Uma força tarefa envolvendo a Polícia Civil do Paraná, a Receita Federal, as Receitas Estaduais do Paraná, Minas Gerais e São Paulo e o Instituto de Criminalística do Paraná está nas ruas desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira para cumprir dez mandados de busca e apreensão. A ação é a segunda fase da operação “Expresso”, que investiga um esquema bilionário de sonegação fiscal na comercialização de café em grão nos três estados e, também, no Espírito Santo.

No Paraná, a ação ocorre simultaneamente em torrefações de café, corretoras e empresas, nos municípios de Londrina, Maringá, Ivaiporã, Faxinal, São Jorge do Patrocínio e Jesuítas.

A operação é resultado das investigações que começaram há mais de dois anos pela Polícia Civil e de trabalhos anteriores da Receita Federal e da Receita Estadual de Minas Gerais. A força-tarefa busca desmantelar um grande esquema criminoso de sonegação de impostos com creditação indevida de ICMS na compra e venda de café em grão cru, fruto de comercialização entre os estados.

Durante as ações da segunda fase da investigação, foi apurado que em quatro torrefações de café creditaram-se indevidamente o ICMS, após o recebimento de notas fiscais falsas que simulavam a compra e venda interestadual do café em grão.

A primeira fase da operação aconteceu em março deste ano, onde foram cumpridos 16 mandados de prisão no Paraná, nove em Minas Gerais, três no Espírito Santo e dois em São Paulo. Durante a ação ainda houve apreensão de 15 veículos em Londrina, no Norte do Paraná, e 300 mil reais em joias, no Espírito Santo. Também foram apreendidos diversos celulares, computadores e documentos, que auxiliaram na continuidade das investigações.

Além de subtrair recursos da coletividade, a sonegação de tributos gera concorrência desleal, pois ao não cumprir com as suas obrigações legais, a empresa fraudulenta cria condições para oferecer produtos com valores abaixo do praticado pelo mercado, prejudicando as empresas cumpridoras de seus deveres.

Mais informações sobre a operação Expresso e detalhes de como funcionava o esquema, acesse o site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)