Estudos da UEL avaliam resistência de pragas da soja a defensivos agrícolas

29/07/2021
Formas de driblar a alta resistência de pragas da lavoura de soja a defensivos agrícolas, biológicos e químicos são o foco de duas pesquisas de doutorandas do Programa de Pós-graduação de Genética e Biologia Molecular, do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Londrina. A lagarta da soja e o percevejo marrom são incômodos persistentes dos produtores, embora, neste ano, as exportações do grão devam contabilizar 135 milhões de toneladas, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. A produção de soja no Brasil vem atingindo sucessivos recordes em vários estados e com o controle das pragas e o auxílio da ciência, podem avançar ainda mais. Renata da Rosa, do Departamento de Biologia Geral, coordenadora do projeto denominado, Sequenciamento e Análise do Genoma de Duas Espécies de Insetos-Pragas da Soja ressaltou que o controle do percevejo marrom e da lagarta são essenciais para melhorar a produtividade e, também, as formas de interação entre produtor e meio ambiente. A pesquisa é feita em parceria com a Embrapa Soja, com o pesquisador Daniel Ricardo Sosa Gomez, e o professor Rogério Fernandes de Souza, coordenador do Laboratório de Bioinformática e professor do Departamento de Biologia Geral. Jaqueline Dionísio, que analisa a resistência do percevejo marrom ressaltou que, a resistência do percevejo ao inseticida ocorre por motivos variados, desde a aplicação contínua do defensivo a problemas de ordem ambiental. Ao não observar resultado com a pulverização, o produtor aplica mais em uma mesma região, o que seleciona percevejos resistentes por seleção genética. Em todos os casos, a pesquisa passa por encontrar um controle biológico não agressivo ao meio ambiente, ou reduzir a aplicação dos defensivos químicos. (Repórter: Edson Thomaz)