Estudantes com autismo têm acompanhamento especializado na rede estadual de ensino
03/04/2023
Logo nos primeiros anos de vida, o contato visual e a comunicação se mostraram grandes desafios para Gabriel da Mota Souza, hoje com 15 anos. Nos primeiros anos após o nascimento do menino, seus pais se esforçavam para entender o que acontecia. Foi somente em 2011, quando Gabriel completou quatro anos, que o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista foi confirmado. A notícia tirou um grande peso das costas de Daniele Aparecida, mãe de Gabriel, que a partir de então, com o diagnóstico, começou uma verdadeira maratona terapêutica para tratar do filho. Neste domingo, 2 de Abril, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, data que se inclui no “Abril Azul”, mês dedicado ao tema. Estabelecida em 2007, pela ONU, a iniciativa tem por objetivo difundir informações sobre o transtorno do espectro autista e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno. Na rede estadual de educação do Paraná, há cerca de 5.696 estudantes com o Transtorno do Espectro Autista. Aqueles que necessitam de apoio para a escolarização são acompanhados pelos 2.282 professores capacitados que atuam na rede. Além disso, outros recursos são disponibilizados para esses alunos, como as salas de recursos multifuncionais — são 2.501 salas para atendimento a estudantes com deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos, incluindo o autismo. Cerca de quase 3 mil professores especializados trabalham nas salas de recursos na rede de educação do Estado. Importantes para o desenvolvimento intelectual e social dos alunos, esses recursos têm contribuído para uma educação cada vez mais consciente e inclusiva. Assim, para marcar a data na rede estadual, a Secretaria de Estado da Educação, Seed-PR foi em busca de histórias inspiradoras, como a de Gabriel, que mostram a importância da educação inclusiva para toda a comunidade escolar. Gabriel estuda desde 2011 no Colégio Estadual Pedro de Macedo, em Curitiba. Segundo a mãe de Pedro, Daniela, o adolescente é fã dos ônibus de Curitiba e tem verdadeiro fascínio por ficar de frente à canaleta observando o ir e vir dos veículos. Torcedor do Athletico Paranaense e do time americano de basquete Los Angeles Lakers, Gabriel afirma que a Educação Física é sua matéria favorita. Matriculado no 1° ano do ensino médio, ele acompanha as aulas numa das salas de recursos da escola, sendo orientado por uma das três professoras do atendimento educacional especializado presentes na escola. A diretora auxiliar do colégio, Marcia Godoy, que atende um total de 3.880 alunos do ensino fundamental, ensino médio, técnico e subsequente, explica como funciona o recebimento dos alunos na escola. // SONORA MARCIA GODOY //
Arthur Eckel, de 16 anos, também tem autismo. Matriculado no 2° ano do ensino médio – também no Colégio Estadual Pedro de Macedo – o jovem está ansioso para o vestibular cada vez mais próximo. O gosto pela área surgiu a partir das aulas de robótica ministradas na escola e também pela paixão por games online. A história de Laura Verdi Figueiredo, de 15 anos, é parecida com a de Arthur. Livre de medicamentos, a jovem tem apoio multiterapêutico cognitivo e fonoaudiológico que, somados ao suporte da escola, têm surtido efeitos positivos desde que ela foi matriculada na rede estadual, há quatro anos. Os profissionais de apoio educacional especializado do Paraná possuem formação em educação especial e estão presentes em 877 escolas estaduais localizadas em 247 municípios. O trabalho desenvolvido por eles consiste em atuar como mediadores no atendimento da educação especial, ajudando nas relações interpessoais, comunicação, na atenção para o desenvolvimento das atividades e acolhida do estudante. O transtorno do espectro autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. (Repórter: Victor Luís)
Arthur Eckel, de 16 anos, também tem autismo. Matriculado no 2° ano do ensino médio – também no Colégio Estadual Pedro de Macedo – o jovem está ansioso para o vestibular cada vez mais próximo. O gosto pela área surgiu a partir das aulas de robótica ministradas na escola e também pela paixão por games online. A história de Laura Verdi Figueiredo, de 15 anos, é parecida com a de Arthur. Livre de medicamentos, a jovem tem apoio multiterapêutico cognitivo e fonoaudiológico que, somados ao suporte da escola, têm surtido efeitos positivos desde que ela foi matriculada na rede estadual, há quatro anos. Os profissionais de apoio educacional especializado do Paraná possuem formação em educação especial e estão presentes em 877 escolas estaduais localizadas em 247 municípios. O trabalho desenvolvido por eles consiste em atuar como mediadores no atendimento da educação especial, ajudando nas relações interpessoais, comunicação, na atenção para o desenvolvimento das atividades e acolhida do estudante. O transtorno do espectro autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. (Repórter: Victor Luís)