Estiagem, pragas e geada reduzem expectativa de safra de grãos no Paraná
29/07/2021
A conjunção de fenômenos como estiagem em momentos cruciais de algumas das principais culturas agrícolas paranaenses, as fortes geadas ocorridas no final de junho e meados de julho e a agressividade de algumas pragas levaram à redução na estimativa da safra de grãos 2020/2021.
Relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Deral, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, aponta que vão ser produzidas 34 milhões e 400 mil toneladas em 10 milhões e 400 mil hectares. O volume é 16% menor que de 2019/2020, ainda que a área seja 4% maior.
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que é um quadro bastante complicado, mas realista. Como era de se esperar, reposicionando fortemente para baixo a estimativa global. SONORA NORBERTO ORTIGARA//
O chefe do Deral, Salatiel Turra, salientou, sobretudo, a redução verificada na produção de milho em comparação com o previsto inicialmente. Entretanto, apesar desse cenário pessimista há preços interessantes para os produtores.//SONORA SALATIEL TURRA//
O analista do Deral, Edmar Gervásio, disse que em comparação com a estimativa inicial, já tem como certa a perda de 58% da produção, em termos de volume, é o maior da história do Paraná, e pode ser também o maior em termos percentuais. //SONORA EDMAR GERVASIO//
Com menos produção, o preço ao produtor está superando 90 reais a saca neste mês, o que aumenta os custos para empresas de frango e suíno.
A segunda safra da cultura do feijão no Paraná teve a colheita finalizada este mês, e 92% já está comercializada. De acordo com o agrônomo Carlos Alberto Salvador, a geada praticamente não comprometeu a cultura. //SONORA CARLOS ALBERTO SALVADOR//
Os produtores retiraram do solo 282 mil e 200 toneladas de feijão, o que representa redução de 48% em relação ao previsto inicialmente. A falta de chuva provocou a perda de 257 mil toneladas.
A produção do café no Paraná continua com a estimativa em torno de 870 mil sacas , 10% a menos que no ano passado, resultado da estiagem e de uma pequena redução na área. Neste momento, já estão colhidos 55% da área, que é um ritmo mais próximo do normal no Estado e não o que aconteceu ano passado quando, neste período, estava em 81%.
Os cafeicultores já comercializaram 8,5% do total da safra. De acordo com o economista Paulo Sérgio Franzini, deve ter uma aceleração maior a partir de agora, em razão de os preços, em algumas localidades, terem ultrapassado mil reais a saca, tendência que se observou desde dezembro do ano passado, e se intensificou com as geadas de agora. //SONORA PAULO SERGIO FRANZINI//
A produção de soja fechou em 19 milhões e 800 mil toneladas na safra 2020/2021. Isso representa queda de 4% em relação às primeiras previsões e se deve à seca, que obrigou ao atraso no plantio.
Em relação à comercialização, o volume alcançou 81%. O economista Marcelo Garrido, afirmou que das grandes culturas do Paraná, é uma das menos afetadas. //SONORA MARCELO GARRIDO//
O agrônomo Carlos Hugo Godinho destacou que a cultura do trigo deve ter aumento de 5% na área plantada. Segundo ele, as geadas influenciaram na qualidade das lavouras.//SONORA CARLOS HUGO GODINHO//
A área semeada de cevada no Paraná é de 77 mil hectares. Isso representa aumento de 21% em relação à safra anterior. A região de Guarapuava é a maior produtora, responsável por 60% do total. O agrônomo Rogério Nogueira, disse que as condições são boas, tiveram duas geadas que queimaram um pouco as plantas, mas ainda não dá para dimensionar perdas. //SONORA ROGERIO NOGUEIRA//
Além da divulgação do relatório de estimativa de safra, o Deral também publicou o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária. O documento aprofunda a análise das principais culturas e também traz informações sobre a goiaba, ovinocultura, cebola e apicultura. O Boletim completo pode ser conferido em www.agricultura.pr.gov.br .(Repórter: Flávio Rehme)
Relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Deral, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, aponta que vão ser produzidas 34 milhões e 400 mil toneladas em 10 milhões e 400 mil hectares. O volume é 16% menor que de 2019/2020, ainda que a área seja 4% maior.
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que é um quadro bastante complicado, mas realista. Como era de se esperar, reposicionando fortemente para baixo a estimativa global. SONORA NORBERTO ORTIGARA//
O chefe do Deral, Salatiel Turra, salientou, sobretudo, a redução verificada na produção de milho em comparação com o previsto inicialmente. Entretanto, apesar desse cenário pessimista há preços interessantes para os produtores.//SONORA SALATIEL TURRA//
O analista do Deral, Edmar Gervásio, disse que em comparação com a estimativa inicial, já tem como certa a perda de 58% da produção, em termos de volume, é o maior da história do Paraná, e pode ser também o maior em termos percentuais. //SONORA EDMAR GERVASIO//
Com menos produção, o preço ao produtor está superando 90 reais a saca neste mês, o que aumenta os custos para empresas de frango e suíno.
A segunda safra da cultura do feijão no Paraná teve a colheita finalizada este mês, e 92% já está comercializada. De acordo com o agrônomo Carlos Alberto Salvador, a geada praticamente não comprometeu a cultura. //SONORA CARLOS ALBERTO SALVADOR//
Os produtores retiraram do solo 282 mil e 200 toneladas de feijão, o que representa redução de 48% em relação ao previsto inicialmente. A falta de chuva provocou a perda de 257 mil toneladas.
A produção do café no Paraná continua com a estimativa em torno de 870 mil sacas , 10% a menos que no ano passado, resultado da estiagem e de uma pequena redução na área. Neste momento, já estão colhidos 55% da área, que é um ritmo mais próximo do normal no Estado e não o que aconteceu ano passado quando, neste período, estava em 81%.
Os cafeicultores já comercializaram 8,5% do total da safra. De acordo com o economista Paulo Sérgio Franzini, deve ter uma aceleração maior a partir de agora, em razão de os preços, em algumas localidades, terem ultrapassado mil reais a saca, tendência que se observou desde dezembro do ano passado, e se intensificou com as geadas de agora. //SONORA PAULO SERGIO FRANZINI//
A produção de soja fechou em 19 milhões e 800 mil toneladas na safra 2020/2021. Isso representa queda de 4% em relação às primeiras previsões e se deve à seca, que obrigou ao atraso no plantio.
Em relação à comercialização, o volume alcançou 81%. O economista Marcelo Garrido, afirmou que das grandes culturas do Paraná, é uma das menos afetadas. //SONORA MARCELO GARRIDO//
O agrônomo Carlos Hugo Godinho destacou que a cultura do trigo deve ter aumento de 5% na área plantada. Segundo ele, as geadas influenciaram na qualidade das lavouras.//SONORA CARLOS HUGO GODINHO//
A área semeada de cevada no Paraná é de 77 mil hectares. Isso representa aumento de 21% em relação à safra anterior. A região de Guarapuava é a maior produtora, responsável por 60% do total. O agrônomo Rogério Nogueira, disse que as condições são boas, tiveram duas geadas que queimaram um pouco as plantas, mas ainda não dá para dimensionar perdas. //SONORA ROGERIO NOGUEIRA//
Além da divulgação do relatório de estimativa de safra, o Deral também publicou o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária. O documento aprofunda a análise das principais culturas e também traz informações sobre a goiaba, ovinocultura, cebola e apicultura. O Boletim completo pode ser conferido em www.agricultura.pr.gov.br .(Repórter: Flávio Rehme)