Estado e Ocepar estudam estratégias para transformar o feijão em produto de exportação

25/04/2024
A Ocepar, Organização das Cooperativas do Paraná e o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, deram início nesta quinta-feira, durante o 1º Fórum do Feijão, realizado em Curitiba, a estudo de estratégias para tornar o feijão paranaense também um produto de exportação. O Paraná é o principal produtor nacional, com previsão de 946 mil toneladas este ano. A produção atende basicamente o mercado interno, mas pesquisas demonstram que está havendo redução no consumo, que hoje é de cerca de 14 quilos por pessoa por ano, com tendência de queda. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, ressaltou que o desequilíbrio que se observa entre demanda e oferta tem provocado oscilações nos preços pagos aos produtores. Ele destacou pesquisas realizadas principalmente pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná para desenvolver um produto que seja adequado para o mercado internacional. De acordo com ele, já foi possível desenvolver materiais resistentes a pragas e doenças e com ciclos produtivos mais curtos, baixando de 90 para 68 dias, ou até menos. // SONORA NORBERTO ORTIGARA //

Uma das propostas colocadas pelo secretário para ajudar na tomada de decisão pelo produtor é ter zoneamento de risco climático cada vez mais focado em microambientes, com vistas à maior assertividade na produção e na segurança. O chefe do Departamento de Economia Rural, Marcelo Garrido, apresentou na reunião as estimativas da safra de feijão paranaense. As três safras devem entregar 946 mil toneladas do produto este ano, com produtividade de mil e 800 quilos por hectare. Com isso, o Paraná será responsável por 29% da produção nacional. Mesmo superior às 682 toneladas do ciclo anterior, a produção paranaense ainda será inferior à estimativa inicial feita pelos produtores em meados do ano passado, quando planejaram o plantio. (Repórter: Gabriel Ramos)