Encontro da Secretaria da Saúde reforça necessidade de prevenção das hepatites virais

27/07/2021
A Secretaria de Estado da Saúde promoveu nesta terça-feira, um webinar para marcar o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais. O evento, organizado pela Diretoria de Atenção de Vigilância em Saúde, por meio da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, contou com a participação de profissionais que atuam na área nas 22 Regionais de Saúde do Estado.
O Dia Mundial das Hepatites Virais foi instituído em 2010 pela OMS, Organização Mundial da Saúde. No Brasil, a Lei Federal instituiu o Julho Amarelo, a ser realizado a cada ano em todo o território nacional, no mês de julho, quando são efetivadas ações relacionadas à luta contra as hepatites virais, que são doenças infecciosas que acometem o tecido hepático do fígado.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, afirmou que as hepatites constituem uma questão de saúde pública. Em geral acontecem de forma assintomática, e, por serem silenciosas, merecem toda a atenção no diagnóstico e, principalmente, na orientação à população para a vacinação contra a doença e realização dos testes rápidos ofertados gratuitamente pela rede pública de saúde.
O diagnóstico da doença é feito através de exame de sangue. O Teste Rápido é uma forma simples e acessível de diagnosticar a hepatite B e C. A realização dura em torno de 20 minutos e, conforme o resultado, a pessoa recebe as orientações e os devidos encaminhamentos.
A chefe da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Mara Franzoloso, afirmou que o Teste Rápido para hepatite é realizado quando há suspeita da doença ou quando a pessoa, mesmo não apresentando nenhum sintoma, foi exposta a alguma situação de risco. Ela destaca a importância do teste para o diagnóstico e prevenção. //SONORA MARA FRANZOLOSO//
A adoção de medidas preventivas é a melhor forma de evitar a contaminação pelos vírus da hepatite. Essa foi a principal orientação do encontro virtual. No caso das hepatites A, B e C a forma mais segura e eficaz é a vacina e ela está disponível em toda a rede pública do Estado.
A vacina contra a hepatite A é fornecida para crianças entre 15 meses e menores de 5 anos e a contra a hepatite B também está na rotina do calendário da criança, sendo ampliada para todas as faixas etárias.
A Secretaria da Saúde orienta que deve ainda evitar contato com sangue infectado, não compartilhando objetos cortantes ou perfurantes, nem instrumentos para preparação de drogas injetáveis. Outra recomendação importante é sempre usar preservativo nas relações sexuais, além de realizar procedimentos de tatuagem e colocação de piercing somente em estabelecimentos que utilizam material descartável ou esterilizado.
Em 2019 o Paraná notificou 1.716 casos de hepatite B e 1.171 de hepatite C. Em 2020, como reflexo da pandemia, houve uma queda, provocada principalmente pela diminuição dos testes. Foram 860 casos de B e 624 de C.
Segundo a OMS, 400 milhões de pessoas em todo o mundo devem estar infectadas pelos vírus da hepatite B e C, mas a maior parte dos portadores sequer sabe que está doente, reforçando a hipótese que apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está doente e só uma em cada 100 recebe tratamento. (Repórter: Flávio Rehme)