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Em busca de fortalecer a logística de transporte no Paraná, o governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu nesta terça-feira, em Brasília, com o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. A conversa girou em torno do financiamento por parte do governo federal de novos projetos estruturantes para o Estado, como a extensão da Poligonal do Porto de Paranaguá; a implantação do Corredor Metropolitano na região de Curitiba; e a pavimentação da ligação rodoviária entre São José dos Pinhais e Mandirituba. Além disso, houve uma atualização sobre o andamento do projeto da Nova Ferroeste dentro da ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, com avanço no processo de licenciamento. Ratinho Junior explicou para o ministro que o projeto técnico da Nova Ferroeste está praticamente pronto. Uma das últimas etapas a ser vencida antes do encaminhamento para leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, B3, é a indicação por parte do Ibama da licença prévia ambiental. O investimento estimado é de 29 bilhões e 400 milhões de reais. A Ferroeste existe desde 1991 e administra o atual traçado de 248 quilômetros de trilhos entre Guarapuava e Cascavel. Com o projeto da Nova Ferroeste, essa linha vai ser ampliada nos dois sentidos, fazendo a ligação entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e o Porto de Paranaguá. Com 1.304 quilômetros, a estrada de ferro vai dar lugar ao Corredor Oeste de Exportação, com potencial para ser o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados do País. Ratinho Junior apresentou também duas propostas para melhorar a circulação entre os municípios que formam a Região Metropolitana de Curitiba. Entre elas, destaque para a implantação do Corredor Metropolitano na continuidade da PR-423. A Comec , Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, pretende construir um novo trecho de rodovia dando continuação à atual PR-423 na ligação entre Araucária e Curitiba/Fazenda Rio Grande. A ligação vai funcionar como um segundo contorno na região sul de Curitiba, desviando cerca de 25% do tráfego do atual Contorno Sul, uma das principais vias da Região Metropolitana, e também parte do intenso movimento na interseção da BR-116 com o próprio Contorno Sul, na região do Ceasa. A nova via possui cerca de 9 km de extensão, com um investimento de cerca de 200 milhões de reais. O outro projeto atende uma demanda histórica da população local, que é a pavimentação da rodovia de ligação entre os municípios de São José dos Pinhais e Mandirituba. O trecho parte do trevo da empresa Volkswagen-Audi, na BR-376, em São José dos Pinhais, até a Rua Gilberto Palu, em Mandirituba, na ligação com a BR-116. A estrada passa pela Colônia Marcelino, local de grande potencial para o turismo rural e religioso, e também cria uma via alternativa para os municípios de Quintandinha, Agudos do Sul, Piên, Campo do Tenente e Rio Negro, todos localizados no chamado segundo anel da Região Metropolitana de Curitiba. Possui extensão de aproximadamente 26 km e deve representar um investimento de 60 milhões de reais. Ainda durante o encontro, a comitiva paranaense confirmou que o Governo do Estado finalizou a revisão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento dos portos de Paranaguá e Antonina. O trabalho na poligonal terrestre indicou o limite geográfico da área do porto organizado, ou seja, no espaço onde a autoridade portuária detém o poder de administração e onde ficam as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e acesso ao porto. Há um indicativo de extensão da área. (Repórter: Flávio Rehme)