Dois anos de pandemia: Lacen ampliou rede de testagem e controle do vírus no Estado

11/03/2022
Desde a confirmação dos primeiros casos de Covid-19 no Paraná, em 12 de março de 2020, o Laboratório Central do Estado do Paraná, o Lacen, tem sido determinante na tomada de decisões da Secretaria de Estado da Saúde. Os dados gerados influenciam diretamente nas ações do Governo. É pelos testes do tipo ouro, o RT-PCR, que foi possível constatar as ondas da pandemia, ajudando a equilibrar as decisões restritivas e a orientação aos municípios. No início, era o Lacen quem coordenava os testes, mas em seguida foi montada uma rede de laboratórios credenciados para apoiar esse mapeamento. Num terceiro momento, o Estado fez uma parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná para um novo laboratório nas imediações do Tecpar. Com isso, a capacidade de testagem chegou a cinco mil exames nasais e depois a mais de 12 mil por dia. Com essa rede, em dois anos foram feitos mais de quatro milhões e 700 mil testes no Paraná e o Estado lidera o ranking nacional proporcionalmente. Segundo Irina Riediger, coordenadora técnica do Lacen, esses exames servem como uma espécie de fotografia de vigilância. // SONORA IRINA RIEDEGER //


Hospitais, Unidades de Pronto Atendimento e unidades de saúde enviam amostras semanais de pacientes para serem avaliadas. Dessa maneira é possível identificar com rapidez o surgimento de qualquer vírus respiratório e de cepas. No começo da pandemia, quatro aeronaves e um helicóptero do Governo do Estado ajudaram no transporte de testes do Interior para Capital. Atualmente, cabe à equipe do laboratório receber duas vezes por dia na rodoviária de Curitiba as amostras que chegam. O material é transportado de graça pelas empresas do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do Paraná. Essa rede de acompanhamento ajudou a acompanhar o pico histórico de casos em janeiro com a chegada da variante Ômicron, com 447.398, número equivalente à toda população de Maringá. Em um intervalo de 15 dias houve uma explosão no Brasil, o que fez crescer a busca por insumos e a demanda por testes. Irina Riedeger afirma que a ômicron causou casos com uma velocidade quase quatro vezes maior que outras variantes que causaram ondas da pandemia. // SONORA IRINA RIEDEGER //


No Lacen, o volume de testes passou de 20 mil por semana para 80 mil. O estoque de insumos previsto para seis semanas terminou em cinco dias. Foi o caso dos cotonetes usados na coleta, que precisaram ser fabricados pelo próprio Lacen para garantir o atendimento dos grupos prioritários. A coordenadora técnica do Laboratório destacou que qualquer tranquilidade prévia no curso da pandemia e na carga de trabalho acabou com a chegada da ômicron. // SONORA IRINA RIEDEGER //


No Lacen são analisadas, por dia, 600 amostras de suspeitas de Covid-19. Porém, o maior volume é destinado ao Instituto de Biologia Molecular do Paraná. Atualmente os dois órgãos processam juntos pouco mais de três mil amostras por dia. (Repórter: Gustavo Vaz)