Documentos do pintor Alfredo Andersen passam por processo de conservação em Curitiba
02/03/2022
Além das pinturas de Alfredo Andersen, o Museu que leva seu nome em Curitiba também guarda uma série de documentos, correspondências e objetos pessoais do pai da pintura paranaense. Esses objetos, de imenso valor histórico, agora estão devidamente conservados e deverão durar muitos anos. A iniciativa foi de Tatiana Zanelatto Domingues, artista plástica e restauradora, que propôs o projeto e supervisionou o trabalho executado pelas conservadoras Silvana Brunor e Ângela Maria Silva Cherobim. A entrega oficial e finalização dos trabalhos aconteceu no final de fevereiro. Entre os documentos, agora preservados, estão postais, cartões de visita e um caderno de anotações de registro de Andersen. Nele é possível ver, por exemplo, o método de organização e a caligrafia de Andersen, que são uma forma de mergulhar na sua mente para além das próprias pinturas. O mesmo vale para os postais e a série de cartões de visita que eram trocados com o pintor, símbolos da vida urbana e efervescência cultural da época em que Andersen viveu. Além da necessária organização e catalogação, os documentos agora estão armazenados em envelopes de polipropileno e papel específico, já que os papéis comuns, usados no dia a dia, passam por um tratamento com ácido que barateia o processo, mas são extremamente danosos para o material no longo prazo. A manipulação também exige cuidado. Além do uso da luva, que já era padrão, o manuseio agora só acontece com EPIs, equipamentos de proteção que incluem até mesmo a máscara, evitando que a umidade corporal contamine o acervo. Outros detalhes podem ser conferidos no site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)