Diferentes métodos e tecnologia: saiba como são confirmados os casos de dengue no Paraná

18/04/2024
A dengue é uma emergência de saúde pública em praticamente todo o País. Transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, pode levar à morte em casos mais graves. Somente neste período epidemiológico, iniciado em julho de 2023, o Paraná soma mais de 219 mil casos confirmados e 451 mil notificações, além de 140 mortes. Os boletins publicados semanalmente ajudam no monitoramento da doença e na adoção de estratégias de saúde pública. No Paraná, a dengue é diagnosticada de diferentes maneiras: critério clínico epidemiológico, feito pelos médicos no momento da consulta; exame laboratorial de sorologia ELISA; e exame RT-qPCR. Esses dois últimos são coordenados pelo Lacen, Laboratório Central do Paraná, com investimento anual superior a um milhão de reais. E independente da metodologia utilizada para confirmação, quando há suspeita de dengue, os profissionais de saúde iniciam o tratamento dos pacientes imediatamente, destaca o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.// SONORA BETO PRETO.//

O diagnóstico por critério clínico epidemiológico é utilizado quando o paciente é sintomático e reside ou teve passagens por regiões que estão com infestação do mosquito transmissor. Já o método RT-qPCR é o padrão ouro de exames de dengue e de outras doenças virais. Neste procedimento é possível identificar o RNA viral presente na amostra de sangue, especialmente durante os primeiros cinco dias de infecção. Já o teste de sorologia ELISA IgM identifica se aquele paciente possui anticorpos produzidos pelo sistema imunológico em resposta à infecção pela dengue. Em média, o processo entre o recebimento das amostras e o resultado leva até sete dias. Nos últimos meses, metade das amostras tem resultado positivo. Para dar suporte nas análises de maneira regionalizada, o Lacen coordena a demanda em outros seis laboratórios, localizados em Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Jacarezinho e Paranavaí. Com o aumento no número de casos de dengue no Paraná, o laboratório recebe em toda essa rede, diariamente, duas mil amostras para testagem. Trabalho fundamental para guiar as políticas públicas na área da saúde, explica a diretora técnica do Lacen, Lavinia Arend.// SONORA LAVINIA AREND.//

Carla Bortoleto é farmacêutica bioquímica e trabalha no Setor de Imunologia do Lacen. Ela ressalta que em casos mais graves, os testes são priorizados.// SONORA CARLA BORTOLETO.//

E essa é só uma parte do trabalho do Lacen-PR. Confira todos os detalhes no site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)