De elefanta à escolha do 1.º maestro: as curiosidades dos 40 anos da OSP

26/05/2025
Um cavalo, um camelo e uma elefanta. A cena poderia facilmente ser uma apresentação de algum circo em outros tempos, quando era permitido às companhias possuírem animais. Neste caso, os três subiram ao palco do Guairão, em Curitiba, em 1993, como personagens da Ópera Aída, da Orquestra Sinfônica do Paraná. Emprestada de um parque de Santa Catarina, Mila, a elefanta, representava uma das riquezas do faraó, retratada na Ópera, de Giuseppe Verdi. Foi uma superprodução do Teatro Guaíra. Cerca de 400 pessoas participaram do espetáculo, com a orquestra no fosso, interpretando a trilha sonora. Quem lembra bem do momento é a violinista Simone Savytzky, que integra a Orquestra desde a fundação dela, em 1985. // SONORA SIMONE SAVYTZKY //

Analaura de Souza Pinto, pianista da Orquestra desde a fundação, brinca que, no fim, a elefanta era quem mais caiu nas graças do público. // SONORA ANALAURA DE SOUZA PINTO //

A elefanta ficava no Círculo Militar do Paraná, há poucos metros do Teatro Guaíra. Era lá que passava a noite, até que uma situação inusitada aconteceu. O diretor Artístico do Centro Cultural Teatro Guaíra, Áldice Lopes, conta que o animal chegou a sentar em um carro no local. // SONORA ÁLDICE LOPES //

Nos trabalhos para montar uma sinfônica paranaense, um dos desafios era montar um quadro que pudesse estruturá-la, em especial com a escolha de um maestro que tivesse essa capacidade. A contratação seria por concurso público, e a equipe da Secretaria de Estado da Cultura da época montou o processo, capitaneado por Eleni Bettes, considerada uma das mães da Orquestra. Com o auxílio do paranaense Alceo Bocchino, referência no meio, foi montada uma banca avaliadora, com ele e outros dois maestros. A secretaria recebeu pilhas e pilhas de currículos, mas nenhum dos concorrentes atingiu o nível exigido, como comenta Eleni. // SONORA ELENI BETTES //

Outra curiosidade marcante da Orquestra foi justamente o concerto de estreia, mais especificamente o ensaio anterior. A pianista Analaura conta que um acidente com um martelo desencadeou uma situação complicada. // SONORA ANALAURA DE SOUZA PINTO //

Esta reportagem integra a série especial produzida pela Agência Estadual de Notícias em comemoração aos 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná. (Repórter: Gustavo Vaz)