Da pesquisa ao mercado: Estado capacita 120 pesquisadores para transformar ciência em negócios

08/05/2025
Um grupo com 77 pesquisadores e 43 empreendedores começou nesta semana as atividades da primeira etapa do Prime, Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado, edição de 2025. Com impacto no desenvolvimento econômico, a iniciativa do Governo do Estado tem como objetivo transformar o resultado de pesquisas científicas em produtos, serviços e novos negócios. A ação é coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e conta com a parceria da Fundação Araucária e do Sebrae. Pelos próximos três meses, os 120 participantes recebem capacitação em temas essenciais para a formação empreendedora. Essas pessoas também têm acesso a painéis denominados Papo de Mercado, com discussões sobre Inteligência Artificial, propriedade intelectual, parcerias em pesquisa e desenvolvimento e oportunidades de financiamento com instituições federais. A expectativa é que esses projetos gerem patentes, startups e parcerias estratégicas entre os setores produtivos acadêmico e empresarial. Neste ano, a maioria das soluções está relacionada às áreas de biotecnologia e saúde e de agricultura e agronegócios, com quase 60% do total. Segundo a assessora da Diretoria de Ciência e Tecnologia da Secretaria Estadual, Sthefany Walber, responsável pela coordenação das atividades do Prime, o programa consolida o Paraná como polo nacional de inovação. // SONORA STHEFANY WALBER //

Mais da metade dessas inovações está em desenvolvimento nas universidades públicas, somando 78 projetos com potencial mercadológico. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná, com 28 projetos e a UEM, com 16, lideram esse grupo. A UEPG, a UFPR, a UEL, o IFPR, a Unioeste, a Unicentro e a Unespar também têm pesquisadores envolvidos. Além dos paranaenses, um dos interessados que teve a inscrição homologada nesta edição é da Universidade Federal de Campina Grande, da Paraíba, no Nordeste do Brasil. Dos projetos inscritos neste ano, 30 já alcançaram estágio avançado de proteção intelectual, com patentes concedidas ou em tramitação no INPI. Entre esses, 24 estão ligados às instituições paranaenses. (Repórter: Gustavo Vaz)