Corpo de Bombeiros salva homem perdido há seis dias no Pico Paraná

13/09/2021
O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná resgatou com vida o homem que estava perdido há seis dias, na região do Pico Paraná, após mais de 120 horas de operação. O resgate de Maicon Willian Batista, 28 anos, desaparecido desde o feriado do dia 7 de setembro, aconteceu neste domingo. Foi mobilizada uma grande estrutura para busca e resgate da vítima por meio do GOST, Grupo de Operações de Socorro Tático. Houve ainda atuação do BPMOA, Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas, no suporte com buscas aéreas.
O Pico Paraná fica entre os municípios de Antonina, no Litoral, e Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba. As equipes percorreram vários quilômetros a pé na mata. Após a localização, ele foi resgatado de aeronave da montanha e encaminhado ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul.
Segundo o capitão Alexis Iverson Martins, comandante do GOST, o trabalho foi um grande sucesso já que houve perseverança e ele foi localizado vivo.
Mesmo fraco, Maicon não deixou de agradecer aos bombeiros por não terem desistido de procurar por ele.
Um planejamento foi feito pelos bombeiros, que articularam perímetros de busca na mata e outras estratégias, como monitoramento das trilhas principais e acessórias, atividades georreferenciadas, contando com apoio dos voluntários do Corpo de Socorro em Montanha, da Federação Paranaense de Montanhismo e do BPMOA.
Mais de 80 pessoas participaram dos trabalhos de busca. O tenente Henrique Arendt Neto, do BPMOA, afirmou que foram 25 profissionais transportados ao Pico Paraná, o que possibilitou diminuir o cansaço das equipes durante o trabalho. Foram mais de 11 horas de voo entre buscas e transporte de tropa.
A vítima foi localizada pelo Gost na manhã de domingo, debilitado e com vários ferimentos. Depois disso, se iniciou a operação de resgate final que acabou no fim do dia. Do local encontrado, no vale do Cacatu, até o acampamento 2, onde o BPMOA poderia chegar para fazer o resgate, foram quatro horas de caminhada.
Informações repassadas aos bombeiros apontam que ele integrava um grupo que subiu o Morro do Getúlio na segunda-feira, mas depois de completar a subida teria se separado dos demais para ir sozinho ao Pico Paraná. Ele concluiu a subida e teria feito comunicação com o grupo por volta de 5 horas da tarde e avisou que programou a descida para as 6 horas do mesmo dia.
Para evitar situações como a vivida por Maicon, o Corpo de Bombeiros orienta que a pessoa deve buscar o máximo de informações possível sobre o local pretendido, principalmente sobre as condições climáticas, pontos de risco e nível de dificuldade.
Morros e outros pontos da Serra que podem ser frequentados geralmente possuem placas e demarcações nas trilhas para as pessoas seguirem o caminho correto, evitando pontos perigosos. Seguir essas marcações é muito importante. O interessante é estar com alguém mais experiente e seguir pela trilha demarcada. Se aventurar por caminhos e paredes não conhecidos aumenta o risco acidentes graves que podem resultar até a morte. (Repórter: Flávio Rehme)