Concurso Café Qualidade Paraná inclui grãos fermentados na edição 2021
30/07/2021
O concurso Café Qualidade Paraná abriu as inscrições para a edição 2021 com uma novidade: agora os cafeicultores podem concorrer também na categoria fermentação induzida, que vem se somar às já existentes cereja descascado e natural. A inscrição para este ano vai até 4 de outubro.
Organizado pela Câmara Setorial do Café do Paraná e pelaSecretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o concurso é uma estratégia para valorizar e fortalecer a produção de cafés especiais. Segundo o economista Paulo Sérgio Franzini, do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura, e coordenador do concurso, nos últimos anos, alguns produtores inscreveram lotes com esse tipo de tratamento pós-colheita e isso causou certa dificuldade entre os julgadores. Por isso foi criada uma categoria exclusiva por que cafés fermentados têm características próprias e devem ser avaliados com lotes que passaram pelo mesmo processamento. //SONORA PAULO SERGIO FRANZINI//
Franzini afirmou que a fermentação de cafés vem despertando o interesse de produtores e consumidores, pois essas bebidas atendem um nicho de mercado interessado em novas experiências. Como consequência, os lotes são mais valorizados e melhoram a remuneração do produtor.//SONORA PAULO SERGIO FRANZINI//
Do ponto de vista químico, a fermentação nada mais é que a transformação dos açúcares em outros compostos pela ação de certos microrganismos. É um processo que ocorre naturalmente nos frutos maduros, e tem início antes mesmo da colheita.
Nas duas formas de processamento utilizadas tradicionalmente, natural, em que os grãos são secados inteiros, e cereja descascado, quando se retira a polpa do fruto maduro antes da secagem, o desafio dos cafeicultores é justamente evitar ao máximo a fermentação, até bem pouco tempo atrás considerada um defeito grave. O pesquisador Dhalton Shiguer Ito, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater, afirmou que descontrolada, ela gera um produto de aspecto visual ruim e bebida com traços de vinagre ou até de remédio.
Entretanto, esse processo de deterioração também pode beneficiar a bebida, e é por essa razão que os produtores estão fazendo experiências e testando possibilidades de fermentação controlada, no terreiro, em tanques,chamados de “bombonas”, em estufas e mesmo na própria sacaria.
O cafeicultor Evilásio Mori, de Cambira, destacou que a qualidade vem de dentro para fora, o café já tem uma doçura natural, por isso a fermentação deve ser feita em grãos de alta qualidade e com o objetivo de acrescentar ou melhorar atributos já existentes.
Mori tem participado regularmente do concurso Café Qualidade Paraná nos últimos anos. Ele pratica a fermentação em parte da produção e alerta para a condição de produto voltado a um nicho de consumidores.
Segundo o produtor, para obter sucesso é necessário usar apenas frutos maduros colhidos seletivamente, lotes pequenos e fazer o procedimento em ambiente fresco.
Mais informações sobre o concurso café qualidade podem ser encontradas em www.cafequalidadeparana.com.br .(Repórter: Flávio Rehme)
Organizado pela Câmara Setorial do Café do Paraná e pelaSecretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o concurso é uma estratégia para valorizar e fortalecer a produção de cafés especiais. Segundo o economista Paulo Sérgio Franzini, do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura, e coordenador do concurso, nos últimos anos, alguns produtores inscreveram lotes com esse tipo de tratamento pós-colheita e isso causou certa dificuldade entre os julgadores. Por isso foi criada uma categoria exclusiva por que cafés fermentados têm características próprias e devem ser avaliados com lotes que passaram pelo mesmo processamento. //SONORA PAULO SERGIO FRANZINI//
Franzini afirmou que a fermentação de cafés vem despertando o interesse de produtores e consumidores, pois essas bebidas atendem um nicho de mercado interessado em novas experiências. Como consequência, os lotes são mais valorizados e melhoram a remuneração do produtor.//SONORA PAULO SERGIO FRANZINI//
Do ponto de vista químico, a fermentação nada mais é que a transformação dos açúcares em outros compostos pela ação de certos microrganismos. É um processo que ocorre naturalmente nos frutos maduros, e tem início antes mesmo da colheita.
Nas duas formas de processamento utilizadas tradicionalmente, natural, em que os grãos são secados inteiros, e cereja descascado, quando se retira a polpa do fruto maduro antes da secagem, o desafio dos cafeicultores é justamente evitar ao máximo a fermentação, até bem pouco tempo atrás considerada um defeito grave. O pesquisador Dhalton Shiguer Ito, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater, afirmou que descontrolada, ela gera um produto de aspecto visual ruim e bebida com traços de vinagre ou até de remédio.
Entretanto, esse processo de deterioração também pode beneficiar a bebida, e é por essa razão que os produtores estão fazendo experiências e testando possibilidades de fermentação controlada, no terreiro, em tanques,chamados de “bombonas”, em estufas e mesmo na própria sacaria.
O cafeicultor Evilásio Mori, de Cambira, destacou que a qualidade vem de dentro para fora, o café já tem uma doçura natural, por isso a fermentação deve ser feita em grãos de alta qualidade e com o objetivo de acrescentar ou melhorar atributos já existentes.
Mori tem participado regularmente do concurso Café Qualidade Paraná nos últimos anos. Ele pratica a fermentação em parte da produção e alerta para a condição de produto voltado a um nicho de consumidores.
Segundo o produtor, para obter sucesso é necessário usar apenas frutos maduros colhidos seletivamente, lotes pequenos e fazer o procedimento em ambiente fresco.
Mais informações sobre o concurso café qualidade podem ser encontradas em www.cafequalidadeparana.com.br .(Repórter: Flávio Rehme)