Com técnicas passadas através de gerações, Santa Isabel do Ivaí é líder em produtividade do arroz irrigado no Paraná
24/05/2021
A promessa de boas terras para o plantio de arroz fez com que o Samuel Ramilde, natural de Santa Catarina, arriscasse uma mudança para o Noroeste do Paraná, a 1.014 quilômetros de casa. Filho e neto de produtores de arroz, Samuel viu o cultivo evoluir com o trabalho. Hoje, gerencia a plantação de 900 hectares de arroz irrigado, divididos entre as fazendas Volta Grande, em Santa Isabel do Ivaí, e Nova Brasília, em Santa Cruz de Monte Castelo.
Mas o manejo não é solitário. A filha, Poliana Laurentino Ramilde Câmara, compartilha da mesma paixão desde criança. Depois de se formar em agronomia na Universidade Estadual de Maringá, voltou para casa com mais uma companhia: o então namorado e hoje marido, Paulo Plaza Câmara, que deixou a carreira de corretor imobiliário para também se dedicar ao cultivo.
Desde 2016, os três dividem a gestão do plantio, o que anima Samuel a continuar investindo na produção. Poliana atualmente cuida da parte administrativa, envolvendo compras, vendas e estoque, e Paulo desenvolve o conhecimento de maquinário.
A família tem vivido um bom momento na trajetória desde o ano passado. O preço da saca de 60 quilos de arroz registrou uma alta histórica: segundo o Deral, Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a média passou de 55 reais e 80 centavos em abril de 2019 para 121 reais e 34 centavos no mesmo período de 2021, um aumento de 117,4% em dois anos e o maior valor desde 1995, início dos registros.
Mesmo com a perspectiva de aumento no preço dos insumos, como adubo e diesel, esta é uma boa fase para os produtores da região. Santa Isabel do Ivaí, onde reside a família de Samuel, integra um anel de municípios do Noroeste que se dedicam à produção de arroz irrigado, uma cultura que demanda paciência e dedicação para controlar pragas como o arroz vermelho e a cigarrinha.
Atualmente, o Paraná tem 18,5 hectares destinados ao cultivo. Destes, 14,3 hectares estão na região e se dividem entre seis municípios: Querência do Norte, Santa Mônica, Santa Cruz do Monte Castelo, Planaltina do Paraná e Terra Rica, além de Santa Isabel do Ivaí.
Para 2021, a previsão é que a produção total do Estado alcance 146 toneladas de arroz em casca. Segundo o Censo Agro IBGE 2017, o Paraná é o sétimo Estado do país em quantidade de arroz produzido, atrás do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Pará. A maior parte da produção é comercializada para consumo interno, no próprio Estado.
Ricardo Domingues, engenheiro agrônomo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, explicou que a região é campeã em produtividade no Estado. Segundo o Deral, a média de produtividade de arroz irrigado no Paraná é de 8 mil kg por hectare ao ano. //SONORA RICARDO DOMINGUES//
O produtor e engenheiro agrônomo Almir Bassani, integra a terceira geração de produtores de arroz irrigado na família. Após graduação em agronomia, Almir contou que evoluiu as técnicas de cultivo e, em 1999, saiu da região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, em busca das boas terras do Paraná. Com as técnicas atuais, a produtividade rende 9 mil quilos por hectare na primeira safra e 7 mil quilos por hectare na segunda, somando 16 mil quilos por ano. O produtor explicou que a diferença está no manejo, no cuidado, na dedicação, assim como em qualquer atividade. //SONORA ALMIR BASSANI//
Na prática, o calendário de cultivo começa em junho, com o preparo do solo. Entre o final de julho e começo de agosto, se dá o plantio, que leva 120 dias. Em dezembro é realizada a colheita da primeira safra. Na sequência, já se planta novamente, para nova colheita em abril. Por fim, em maio, o processo recomeça, com a aplicação de defensivos.
Almir também tem dois herdeiros para o plantio do arroz: os filhos Fernanda Bassani, 27 anos, agrônoma e responsável pelo controle financeiro da produção, e Ricardo Bassani, 24 anos, estudante de engenharia agrícola e futuro responsável pelas operações. Fernanda disse que o pai preparou os filhos para o plantio de arroz e ela fica mais no escritório e o irmão nas máquinas, na parte operacional. //SONORA FERNANDA BASSANI//
O aprendizado adquirido e compartilhado de geração em geração é o que move tanto os Ramilde como os Bassani em busca de aperfeiçoar as técnicas cada vez mais. Para Poliana, o segredo para o sucesso mistura o amor com a busca pela tecnologia. Atualmente, a produtividade nas terras gerenciadas pela família está em 14,8 mil kg por hectare ao ano. Ela diz que aprendeu com o pai que fazer com amor, tudo dá certo. //SONORA POLIANA LAURENTINO RAMILDE CAMARA//
O arroz irrigado de Santa Isabel do Ivaí integra a série de reportagens “Paraná que alimenta o mundo”, desenvolvida pela Agência Estadual de Notícias, AEN, que mostra o potencial do agronegócio paranaense. Os textos são publicados às segundas-feiras. A previsão é que as reportagens se estendam Durante todo o ano de 2021. (Repórter: Flávio Rehme)
Mas o manejo não é solitário. A filha, Poliana Laurentino Ramilde Câmara, compartilha da mesma paixão desde criança. Depois de se formar em agronomia na Universidade Estadual de Maringá, voltou para casa com mais uma companhia: o então namorado e hoje marido, Paulo Plaza Câmara, que deixou a carreira de corretor imobiliário para também se dedicar ao cultivo.
Desde 2016, os três dividem a gestão do plantio, o que anima Samuel a continuar investindo na produção. Poliana atualmente cuida da parte administrativa, envolvendo compras, vendas e estoque, e Paulo desenvolve o conhecimento de maquinário.
A família tem vivido um bom momento na trajetória desde o ano passado. O preço da saca de 60 quilos de arroz registrou uma alta histórica: segundo o Deral, Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a média passou de 55 reais e 80 centavos em abril de 2019 para 121 reais e 34 centavos no mesmo período de 2021, um aumento de 117,4% em dois anos e o maior valor desde 1995, início dos registros.
Mesmo com a perspectiva de aumento no preço dos insumos, como adubo e diesel, esta é uma boa fase para os produtores da região. Santa Isabel do Ivaí, onde reside a família de Samuel, integra um anel de municípios do Noroeste que se dedicam à produção de arroz irrigado, uma cultura que demanda paciência e dedicação para controlar pragas como o arroz vermelho e a cigarrinha.
Atualmente, o Paraná tem 18,5 hectares destinados ao cultivo. Destes, 14,3 hectares estão na região e se dividem entre seis municípios: Querência do Norte, Santa Mônica, Santa Cruz do Monte Castelo, Planaltina do Paraná e Terra Rica, além de Santa Isabel do Ivaí.
Para 2021, a previsão é que a produção total do Estado alcance 146 toneladas de arroz em casca. Segundo o Censo Agro IBGE 2017, o Paraná é o sétimo Estado do país em quantidade de arroz produzido, atrás do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Pará. A maior parte da produção é comercializada para consumo interno, no próprio Estado.
Ricardo Domingues, engenheiro agrônomo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, explicou que a região é campeã em produtividade no Estado. Segundo o Deral, a média de produtividade de arroz irrigado no Paraná é de 8 mil kg por hectare ao ano. //SONORA RICARDO DOMINGUES//
O produtor e engenheiro agrônomo Almir Bassani, integra a terceira geração de produtores de arroz irrigado na família. Após graduação em agronomia, Almir contou que evoluiu as técnicas de cultivo e, em 1999, saiu da região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, em busca das boas terras do Paraná. Com as técnicas atuais, a produtividade rende 9 mil quilos por hectare na primeira safra e 7 mil quilos por hectare na segunda, somando 16 mil quilos por ano. O produtor explicou que a diferença está no manejo, no cuidado, na dedicação, assim como em qualquer atividade. //SONORA ALMIR BASSANI//
Na prática, o calendário de cultivo começa em junho, com o preparo do solo. Entre o final de julho e começo de agosto, se dá o plantio, que leva 120 dias. Em dezembro é realizada a colheita da primeira safra. Na sequência, já se planta novamente, para nova colheita em abril. Por fim, em maio, o processo recomeça, com a aplicação de defensivos.
Almir também tem dois herdeiros para o plantio do arroz: os filhos Fernanda Bassani, 27 anos, agrônoma e responsável pelo controle financeiro da produção, e Ricardo Bassani, 24 anos, estudante de engenharia agrícola e futuro responsável pelas operações. Fernanda disse que o pai preparou os filhos para o plantio de arroz e ela fica mais no escritório e o irmão nas máquinas, na parte operacional. //SONORA FERNANDA BASSANI//
O aprendizado adquirido e compartilhado de geração em geração é o que move tanto os Ramilde como os Bassani em busca de aperfeiçoar as técnicas cada vez mais. Para Poliana, o segredo para o sucesso mistura o amor com a busca pela tecnologia. Atualmente, a produtividade nas terras gerenciadas pela família está em 14,8 mil kg por hectare ao ano. Ela diz que aprendeu com o pai que fazer com amor, tudo dá certo. //SONORA POLIANA LAURENTINO RAMILDE CAMARA//
O arroz irrigado de Santa Isabel do Ivaí integra a série de reportagens “Paraná que alimenta o mundo”, desenvolvida pela Agência Estadual de Notícias, AEN, que mostra o potencial do agronegócio paranaense. Os textos são publicados às segundas-feiras. A previsão é que as reportagens se estendam Durante todo o ano de 2021. (Repórter: Flávio Rehme)