Com projeto que elimina conflitos da linha férrea, Nova Ferroeste recebe apoio de Curitiba

04/10/2021
As pessoas que moram ou circulam por Curitiba podem, a qualquer hora do dia, ter o trajeto interrompido pela passagem de pesadas composições férreas que transitam entre o Interior do Paraná e o Porto de Paranaguá. Essa passagem dos trilhos dentro da Capital provoca acidentes graves a cada ano. Nesta segunda-feira, os integrantes do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário se reuniram com o prefeito Rafael Greca e o presidente do IPPUC, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, Luiz Fernando Jamur, para discutir alternativas para transferência da circulação de carga férrea para fora da capital. Hoje há 37 quilômetros de trilhos que cortam os bairros das regiões Sul e Leste da Capital. Ao todo são 45 passagens de nível instaladas para a circulação de pedestres e veículos, a maioria nos bairros Uberaba e Cajuru. O prefeito Rafael Greca entregou uma carta de apoio ao projeto Nova Ferroeste, e destacou que ele surge como a opção mais viável para um traçado que contorne Curitiba.// SONORA RAFAEL GRECA.//

As linhas férreas são uma concessão do governo federal. Somente o Ministério da Infraestrutura tem poder de decisão sobre o futuro dos trilhos que passam pelo Paraná. A Região Metropolitana de Curitiba é cortada pela da Malha Sul, operada pela Rumo Logística, que já está em negociação com o Ministério para renovação antecipada do direito vigente até 2027. Para o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes este é o momento ideal para fazer a solicitação de retirada dos trilhos e mudar a realidade da capital.// SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES.//

O presidente do IPPUC reforçou a importância dos governos municipal e estadual estarem alinhados na busca de uma solução que beneficie a Capital e toda a Região Metropolitana de Curitiba. Segundo ele, a prefeitura já notificou o Ministério da Infraestrutura, a Agência Nacional de Transportes Terrestres e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Luiz Fernando Jamur lembrou que, quando os trilhos chegaram a Curitiba, o município estava longe de alcançar a densidade populacional dos dias de hoje.// SONORA LUIZ FERNANDO JAMUR.//

Dados do BPTran revelam que em 2020 ocorreram 12 acidentes envolvendo trens em Curitiba, que deixaram três mortos e 15 feridos. Este ano entre janeiro e setembro já foram registrados cinco acidentes, com três pessoas feridas e uma morte. A capital paranaense é a cidade com o pior conflito com linha férrea no país, seguida por Paranaguá. Outros detalhes sobre a Nova Ferroeste podem ser conferidos em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)