Com oito novos complexos, Paraná vai fechar 2022 com 4.231 vagas a mais no sistema prisional

21/06/2022
Após um período extenso sem a construção de penitenciárias, o que resultou em uma população carcerária aproximada de 12 mil pessoas acomodadas indevidamente em delegacias, o Paraná vai terminar o quadriênio entre 2019 e 2022 com quatro mil 231 novas vagas incorporadas ao sistema prisional. São seis cadeias Públicas distribuídas nos municípios de Campo Mourão, Ponta Grossa, Guaíra, Londrina, Foz do Iguaçu e Curitiba; um Centro de Integração Social, em Piraquara; e a ampliação da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu. O planejamento do Governo do Estado prevê ainda a abertura de mais três mil 204 vagas, entre reformas, ampliações e construções, até 2024. No total, a capacidade vai ser ampliada em sete mil 435 detentos ao longo de seis anos, acabando com a custódia de presos em espaços voltados para a investigação de crimes. O investimento previsto é de 261 milhões e 200 mil reais, por meio de recursos estaduais e federais. Há, também, a reestruturação de complexos já em funcionamento, como a nova Unidade de Progressão de Ponta Grossa, inaugurada nesta segunda-feira pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. O espaço, mais moderno e autossustentável, pode receber até 350 pessoas privadas de liberdade. Ratinho Junior lembrou que quando iniciou a gestão, em 2019, tinha mais de 12 mil presos em delegacia, mas com planejamento e investimento foi garantido um ambiente mais adequado ao sistema penitenciário. //SONORA RATINHO JUNIOR//

De acordo com o Deppen, Departamento de Polícia Penal do Paraná, cinco complexos previstos para o período 2019-2022 já estão em funcionamento. Outros três estão em vias sendo finalizados. Segundo o diretor-geral do Deppen, Francisco Caricati, havia uma situação de colapso e foi preciso passar por uma reengenharia completa do sistema, com um modelo de gestão totalmente diferente. //SONORA FRANCISCO CARICATI//

Cadeias e presídios passaram a ter uma nova linha administrativa a partir de 2019, voltada para a ressocialização, com o Deppen proporcionando diversas atividades educacionais às pessoas privadas de liberdade. Dentre elas, se destacam os cursos profissionalizantes, que formaram 213 presos apenas no ano passado. Segundo o mais recente levantamento do Deppen, o Paraná tem 23% dos presos envolvidos em algum tipo de trabalho no sistema prisional. O Paraná tem cerca de dois mil e 500 policiais penais e o projeto de lei complementar aprovado prevê a possibilidade de criação de sete mil e 60 novas vagas na estrutura do Deppen, entre policiais penais, cargos de gestão e função pública. Esse processo vai acontecer por concurso público e ainda não tem data para ocorrer. (Repórter: Felippe Salles)