Com demanda crescente no mundo, Paraná deve produzir 19 milhões de toneladas de milho

02/02/2023
O milho é essencial para a produção de proteínas animais em todo o mundo, além de ser importante para a alimentação humana em algumas regiões. Por isso, a cultura tem ganhado mais projeção no campo, o que exige melhorias na logística, particularmente em estradas. A análise faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 27 de janeiro a 2 de fevereiro. O documento é preparado pelos técnicos do Deral, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Edmar Gervásio, analista de milho no Deral, afirmou que a demanda cresce à medida que a população e a renda per capita também aumentam, levando a maior consumo de proteínas animais. //SONORA EDMAR GERVÁSIO//

Há, ainda, outros usos para o milho, além da ração, como a produção de etanol. A análise apresentada aponta que, diante da possível produção recorde do Brasil, problemas logísticos são evidenciados, como estradas sem a manutenção adequada, pistas simples, malha ferroviária insuficiente e custos de insumos elevados. No caso dos portos, houve melhorias em estrutura dos que formam o Arco Norte de exportação, além dos de Paranaguá e Santos. A exportação brasileira do complexo soja, em 2022, alcançou 101 milhões e 900 mil toneladas. O Paraná foi o responsável por 9 milhões e 200 mil toneladas, uma queda de 35% em relação a 2021, devido à produção menor na safra, afetada por fatores climáticos. Para este ano, a produção deve estar normalizada, com 19 milhões de toneladas. O feijão de primeira safra deve render 196 mil toneladas no Paraná. Até agora, a colheita atingiu 66% dos 116 mil hectares e vem sendo favorecida pelo clima. O produto é de excelente qualidade, o que contribui para os bons preços recebidos pelos produtores. Sobre a horticultura, o documento apresenta números relativos aos cinco itens mais comercializados nas Ceasas, considerando a movimentação financeira: tomate, batata, maçã, banana e mamão. Juntas, as espécies representam 38,9% dos 4 bilhões e 800 milhões de reais negociados. O rebanho ovino do Paraná é o oitavo maior do Brasil. A maioria é destinada à produção de carne, mas o Estado também é o segundo colocado em ovinos tosquiados, com 4% do total, atrás do Rio Grande do Sul, responsável por 92%. Em aves, o boletim mostra que o Paraná apresentou crescimento de 5,3% no volume exportado e de 32% no faturamento no ano passado, comparativamente a 2021. O Paraná é o principal produtor e exportador brasileiro, com participação de 40,8% no volume e de 39,8% na receita cambial. Números do Agrostat Brasil/Mapa apontam que, de janeiro a dezembro do ano passado, o Brasil exportou 23.610 toneladas de ovos. Nos doze meses, o Paraná aparece como segundo maior exportador, com 5 mil e 700 toneladas e receita cambial de cerca de 27 milhões de dólares. O boletim completo pode ser conferido em www.aen.pr.gov.br . (Repórter: Flávio Rehme)