Com alta de 13% na movimentação em 2021, Ferroeste impulsiona economia do Paraná

10/02/2022
Reflexo do bom momento vivido pela produção agropecuária do Oeste do Estado e a confiança dos investidores, a Ferroeste terminou 2021 em alta. O balanço anual da empresa, divulgado nessa quinta-feira, aponta para a movimentação de 1.566.200 toneladas de produtos, volume 13% maior do que no ano anterior e 33% maior do que 2019. A maior parte desse saldo positivo se deve à circulação de grãos, basicamente soja. Passaram pela Ferroeste 920.339 toneladas dessa commodity, número 15% maior que em 2020, o que ajudou a impulsionar os recordes de movimentação da Portos do Paraná, que administra os terminais de Paranaguá e Antonina, e a balança comercial do Estado, que encerrou 2021 positiva. André Gonçalves, diretor-presidente da Ferroeste, destacou que, após anos sendo deficitária, desde 2019 a empresa tem conseguido fechar as operações no azul, honrando os compromissos e facilitando o transporte para os produtores rurais que estão mais distantes do Litoral.// SONORA ANDRÉ GONÇALVES.//

A produção escoada pelos trilhos da estrada de ferro é oriunda das cooperativas instaladas em Cascavel e municípios da região. Caminhões do Mato Grosso do Sul e de outras regiões descarregam grandes volumes de soja e milho no terminal central da empresa. Desse total, cerca de 40% desembarca em Guarapuava para beneficiamento e 60% segue viagem até o Porto de Paranaguá, de onde a produção embarca para outros continentes, em especial a Ásia. O lucro operacional da empresa fechou em cinco milhões e 400 mil reais em 2021, já descontada a depreciação, em crescimento constante desde 2019. Para o diretor de produção da Ferroeste, Gerson Almeida, o investimento de oito milhões e 100 mil reais em infraestrutura, com a troca de dormentes e a correção geométrica dos trilhos nos 248 quilômetros do trecho entre Cascavel e Guarapuava, ajudaram no crescimento gradual do transporte de grãos, granéis e contêineres observado. As adequações também diminuíram pela metade o número de incidências, transformando o escoamento em um dos mais seguros do País. O acordo de passagem com a Rumo, ainda em vigor, é outro fator de sucesso, segundo Gerson Almeida.// SONORA GERSON ALMEIDA.//

A relação com os clientes e o controle interno reduziram o custo operacional em 35% em 2021, o que também ajudou a impactar os números. Para 2022, segundo ele, estão previstas a compra de equipamentos de tecnologia embarcada, como computadores de bordo e detectores de quedas de barreiras, e a melhora da captação da chamada carga de retorno, que sai do porto em direção ao Interior do Estado. Para aumentar a participação do modal ferroviário no Paraná, justamente nesse movimento ininterrupto de crescimento das empresas e cooperativas do agronegócio, o Governo do Estado trabalha na elaboração e aprovação do projeto da Nova Ferroeste, fazendo a ligação entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul e o Porto de Paranaguá. Está previsto ainda um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu para captar carga do Paraguai e da Argentina. Outros detalhes sobre o projeto podem ser conferidos em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)