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Na manhã desta terça-feira, um King C90, aeronave da frota do Estado, transportou órgãos para transplante, de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, para Curitiba. O rim, fígado e coração de um homem de 49 anos vão salvar a vida de até cinco pessoas. A doação foi autorizada pela família. O transporte durou cerca de um hora, e precisou ser rápido para que os órgãos estivessem em condições favoráveis ao transplante. O fígado tem até 12 horas entre a retirada do doador até o transplante no receptor. O coração tem o limite de 4 horas e o rim até 36 horas. Assim que a aeronave pousou no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, o fígado foi levado para o Hospital Angelina Caron, onde deram início ao transplante em uma mulher de 60 anos, por volta de uma e meia da tarde. O rim foi levado para a Central Estadual de Transplante do Paraná, para passar por um teste de compatibilidade entre o doador e o novo receptor. Assim que o resultado estiver pronto, o órgão vai ser encaminhado para um hospital à espera do transplante. No caso do coração, não foram encontrados pacientes compatíveis para o recebimento do órgão. Ele será levado para o banco de tecidos, no Hospital Evangélico Mackenzie, que fará uma análise e, dependendo do resultado, vai encaminhar para o transplante de valvas cardíacas. Reconhecido como referência no Brasil em doações de órgãos, o Paraná fechou 2021 com 36 doações de órgãos por milhão de população. Foram 412 doações efetivas, que resultaram em mil 457 transplantes de órgãos e tecidos e nove transplantes de coração. Os dados são do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná, da Secretaria de Estado da Saúde. No total, o Paraná teve mil 253 notificações de potenciais doadores em 2021. Outro destaque na área foi que, em 2020, por meio do SUS, o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, voltou a realizar transplante pediátrico hepático, do fígado. O procedimento em crianças abaixo de cinco anos não era realizado desde 2015 no Estado. O Paraná conta com uma Central Estadual de Transplantes localizada em Curitiba, além de quatro Organizações de Procura de Órgãos, localizadas em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Estes centros trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná. Ao todo são cerca de 700 profissionais envolvidos, entre eles 23 equipes de transplante de órgãos, 25 centros transplantadores de córneas e quatro bancos de córneas em atividade: Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. (Repórter: Felippe Salles)