Com Enem, presos de Londrina conseguem vagas em universidades públicas

23/04/2021
O Departamento Penitenciário do Paraná possibilitou que 958 presos de 33 unidades prisionais do Estado fizessem o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade, no mês de fevereiro. Do total de participantes, cinco presos de unidades prisionais de Londrina conseguiram vagas em primeira chamada no Sistema de Seleção Unificado nas universidades Estadual de Londrina e Universidade Tecnológica Federal do Paraná, nos cursos de Pedagogia e Engenharia de Alimento, Ambiental e de Materiais. A lista dos candidatos selecionados foi divulgada pelo Ministério da Educação. Em todo o Estado, 45 presos cursam Ensino Superior, presencial ou a distância. São 10 unidades prisionais do Paraná com presos estudando em universidade ou faculdade. Dezessete ingressaram no Ensino Superior por meio do ProUni, 14 pelo processo de vestibular e dois pelo SiSU. Os principais cursos são Letras, Administração, Direito, Educação Física, Serviço Social e Serviços Jurídicos e Notariais. A última edição do ENEM para Pessoas Privadas de Liberdade teve inscrição de 1.644 presos. No entanto, devido à pandemia da Covid-19, algumas unidades deixaram de aplicar o exame, para evitar o contágio e a propagação do vírus, e, com isso, 958 presos fizeram a prova. O Estado tem incentivado cada vez mais a educação no sistema prisional. Atualmente, todos os estabelecimentos prisionais possuem salas de aula, professores da educação básica e acervos bibliográficos. Além disso, 18 unidades contam com laboratórios de informática, onde os presos acessam os cursos de qualificação profissional e superiores à distância. Com os resultados dos vestibulares e das provas classificatórias, cabe ao Poder Judiciário, que analisa um a um, conceder a autorização para que os presos possam iniciar as aulas no ensino superior. (Repórter Rudi Bagatini).