Chuvas provocam paralisação em parte das operações portuárias

02/02/2021
O volume de chuva registrado em janeiro deste ano, em Paranaguá, foi 356% maior que no mesmo mês de 2020. A água que, no tempo e na medida certa, favorece o desenvolvimento do campo, acaba provocando paralisações em parte das operações portuárias. Segundo o levantamento da Portos do Paraná, as paralisações somaram 12 dias no mês. O tempo é cerca de 82% maior que os quase 7 dias registrados em janeiro do ano passado. Os números consideram o embarque de graneis como soja, milho e farelo. De acordo com o diretor de Operações da empresa pública, Luiz Teixeira da Silva Junior, em portos do mundo todo, não é possível operar grãos com tempo úmido.// SONORA LUIZ TEIXEIRA DA SILVA.//
Não é apenas o embarque dos graneis sólidos que são impactados pela chuva, alguns desembarques de granéis importados também são paralisados. Dos fertilizantes, por exemplo, apenas a ureia opera com garoa. As operações que seguem mesmo debaixo de chuva são as dos contêineres, de veículos, de carga geral, sal e dos graneis líquidos. Os usuários dos portos do Paraná não pagam pelo período que o navio fica atracado no cais, paralisado pela chuva. Ainda de acordo com o diretor, não existe, no mundo, uma alternativa para seguir com as operações portuárias, mesmo com chuva. O jeito, segundo ele, é ser mais produtivo e ainda mais eficiente para aproveitar os tempos operacionais e alcançar os resultados. O diretor da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá, André Maragliano, conta que a chuva impacta, mas os reflexos não são significativos nesse momento de entressafra, em que o embarque da soja ainda não é intenso.// SONORA ANDRÉ MARAGLIANO.//
Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná, Simepar, este ano, em janeiro, foram 563 milímetros de chuva registrada em Paranaguá. Nos 31 dias de janeiro, em 2020, foram 123 milímetros. (Repórter: Amanda Laynes)